O funeral de Luís Giovani Rodrigues, que morreu em Bragança no último dia de 2019, decorreu este sábado na ilha do Fogo, em Cabo Verde – de onde era natural o jovem de 21 anos – e juntou centenas de pessoas. De acordo com a agência Ecclesia, o cardeal D. Arlindo Furtado, que presidiu ao funeral, exigiu “justiça” e defendeu que ninguém tem o direito de estrangular a vida humana. “A justiça é absolutamente necessária para que as coisas possam funcionar numa sociedade humana”, apelou.
Luís Giovani Rodrigues morreu no dia 31 de dezembro de 2019, depois de ter sido agredido, em Bragança, na madrugada de 21 de dezembro. O jovem estava em Portugal desde outubro e frequentava o curso de Design de Jogos Digitais no Instituto Politécnico de Bragança.
A investigação da Polícia Judiciária afasta a possibilidade de se tratar de um crime de ódio e na última sexta-feira foram detidos cinco suspeitos indiciados pelo crime de homicídio qualificado e por três crimes de tentativa de homicídio – pelas agressões a mais três pessoas.
Os suspeitos foram presentes a tribunal para primeiro interrogatório e foi-lhes decretada a medida de coação de prisão preventiva. Segundo avançou o Correio da Manhã, entre os cinco detidos estão um ex-bombeiro e um antigo elemento do Exército. Os suspeitos são naturais de Bragança e têm entre 22 e 35 anos. Estes cinco suspeitos são considerados o ‘núcleo duro’, mas a hipótese de estarem envolvidas mais pessoas não foi ainda afastada.
Na sexta-feira, Luís Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária, referiu que “não se trata de um crime entre nacionais de um país ou de outros (…) Trata-se de um crime cometido por gente violenta, num determinado contexto e, portanto, algumas das notícias veiculadas de uma forma minoritária não têm qualquer consistência”, acrescentou o diretor nacional da Polícia Judiciária.