António Costa garantiu, esta quarta-feira, que o Governo português vai colaborar "totalmente" com as autoridades angolanas. O primeiro-ministro negou ter dado qualquer tratamento especial a Isabel dos Santos e aproveitou ainda para tranquilizar a sempresas que têm a empresária como acionista.
"Aquilo que nos compete fazer é colaborar totalmente com as autoridades angolanas, como temos vindo a fazer", explicou António Costa. "Espero que este caso permita à justiça angolana tratar aquilo que tem a tratar, e às empresas portuguesas continuar a desenvolver a sua atividade dentro do maior quadro de estabilidade que seja possível", continou.
Acerca das acusações do Bloco de Esquerda sobre um alegado tratamento especial dado por António Costa a Isabel dos Santos, o primeiro-ministro não ficou calada. "O Bloco de Esquerda deve, seguramente, desconher os factos, mas quando a doutora Catarina Martins quiser conhecer algum facto sobre a atuação do Governo, e, designadamente, sobre a minha atuação, tem sempre oportunidade de me telefonar ou visitar e eu terei todo o gsoto em poder prestar esclarecimentos", afirmou aos jornalistas.
Quando questionado acerca de se as empresas portuguesas têm ou não motivos para preocupar-se, António Costa frisou que "a investigação incide sobre uma acionista e não sobre a empresa".
Explicando que "se tiverem boas práticas de gestão" as empresas não devem ser "contaminadas", António Costa acrescentou que "há um total alinhamento de pontos de vista" entre Angola e Portugal sobre o caso Luanda Leaks.