A moção 'Voltar a acreditar' de Francisco Rodrigues dos Santos foi a mais votada no 28º congresso do CDS, conseguindo um total de 671 votos (46,4%).
A moção de João Almeida ficou em segundo lugar com 562 votos e a de Filipe Lobo d`Ávila, com 209 votos. A quarta moção, de José Ângelo da Costa Pinto, obteve apenas três votos. Registaram-se três votos brancos e nulos e no total, votaram 1.449 delegados.
A eleição vai ser formalizada domingo de manhã, quando forem a votos as listas da futura direção nacional. Entre as 09h30 e as 12h30 decorrerá a eleição para os órgãos de direção, seguindo-se a apresentação de moções setoriais e o encerramento, às 13h30, com o discurso do futuro líder do CDS.
Quem é Francisco Rodrigues dos Santos?
‘Chicão’, como é conhecido, já está há vários anos à frente da Juventude Popular. É essa experiência, defende, que o ajudará a trazer novidades para o CDS-PP e a torná-lo um partido mais jovem e irreverente. Aliás, a revista Forbes considerou-o, em 2018, um dos 30 jovens mais brilhantes, inovadores e influentes da Europa com menos de 30 anos, na categoria de Direito e Política.
Mas ser jovem não é sinónimo de inexperiência ou de posições pouco convictas. Sem descartar alianças, Francisco Rodrigues dos Santos defende que o CDS «não servirá de muleta ao PS, nem a nenhum outro partido. Não nos vamos fundir, nem vamos permitir que nos lancem nenhuma OPA para que o CDS se dilua em qualquer outro partido. Se o CDS achar que tem de ser igual à Iniciativa Liberal, então aí, ponto final. Se o CDS achar que tem de ser igual ao Chega para ser politicamente forte, então chega. Se o CDS achar que tem de ser como o PSD aí acho que perde a sua razão de ser e de existir» – como afirmou em recente entrevista ao SOL.