Rui Pinto foi a fonte no caso Luanda Leaks

“Tal como no caso do Football Leaks, estas revelações devem permitir o lançamento de novas investigações judiciais e assim na luta contra a impunidade dos crimes financeiros em Angola e no mundo”, pode ler-se, no comunicado emitido pelo advogado William Bourdon.

Rui Pinto obteve os documentos usados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) no caso Luanda Leaks. Apesar de a Polícia Judiciária já suspeitar da interferência do hacker português, a informação foi, esta segunda-feira, confirmada por William Bourdon, advogado de Rui Pinto e chefe da Plataforma de proteção de Denunciantes em África (PPLAAF).

Em comunicado, o advogado de Rui Pinto confessou que "o PPLAAF está satisfeito por, mais uma vez, um whistleblower (denunciante) revelar ao mundo atos que vão contra o interesse público internacional". Esta informação foi corroborada, através do Twitter, pelo ICIJ, organização que analisou os cerca de 715 mil documentos que denunciam os alegados esquemas de corrupção que denunciam a empresária angolana Isabel dos Santos.

"Tal como no caso do Football Leaks, estas revelações devem permitir o lançamento de novas investigações judiciais e assim na luta contra a impunidade dos crimes financeiros em Angola e no mundo", continua o advogado.

Segundo a mesma nota, Rui Pinto terá entregado, em 2018, um disco rígido à PPLAAF, que "continha todos os dados relacionados com as recentes revelações sobre a fortuna de Isabel dos Santos, sua família e todos os indivíduos que podem estar envolvidos nas operações fraudulentas cometidas à custa do Estado angolano e, eventualmente, de outros países estrangeiros”.

 

 

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