Várias confederações patronais juntaram-se num apelo ao Executivo para a reconversão da base militar no aeroporto complementar do Montijo comece “sem demoras”.
“É necessário que o Governo assuma, com clareza e determinação, a urgência de avançar com esta obra, essencial e estratégica para a economia nacional, dando início imediato à fase de implementação do aeroporto do Montijo”, lê-se no comunicado conjunto da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI).
Para estas confederações, trata-se “de uma infraestrutura aeroportuária de irrefutável benefício para o país e para a economia nacional – servindo os interesses de todas as atividades económicas e dos cidadãos portugueses. O aeroporto do Montijo apresenta-se, hoje, como a única solução que responderá em termos de custos, eficácia e competitividade a um problema que se arrasta desde há mais de 50 anos, com graves prejuízos para o país”, afirmam.
“Com o aeroporto do Montijo, o aumento da capacidade aeroportuária de Lisboa permitirá um crescimento de até 50 milhões de passageiros, potenciando ainda o hub da TAP à América do Norte e à América do Sul, bem como à proximidade aos países da diáspora portuguesa”, sublinham.
As cinco entidades aproveitam ainda para frisar que “o Aeroporto Humberto Delgado atingiu, em 2017, todos os fatores de capacidade fixados contratualmente com o Estado previstos para ser desencadeada uma solução alternativa para aumentar a capacidade aeroportuária da capital” e que “desde então, este aeroporto tem vindo a perder muitos passageiros por ano, que equivalem a muitos milhões de euros em receitas para o país".
Recorde-se que o Governo recebeu em janeiro uma declaração de impacto ambiental favorável, emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente para a concretização da construção do novo aeroporto do Montijo.