A Câmara de Lisboa anunciou que, a partir de agosto, a circulação automóvel será proibida na faixa central da Avenida da Liberdade entre os Restauradores e a Rua das Pretas, dando assim lugar a um passeio público. A nova Zona de Emissões Reduzidas (ZER) Avenidas/Baixa-Chiado vai mudar a forma de viver na baixa de Lisboa.
A medida foi avançada pelo presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina, numa sessão de apresentação da nova Zona de Emissões Reduzidas (ZER) Avenidas/Baixa-Chiado, cujo objetivo passa por reduzir a quantidade de carros, aumentar o espaço para peões e facilitar a vida dos transportes públicos. Este novo projeto levará a uma série de obras e intervenções em vários locais à volta do centro histórico lisboeta. A Rua Nova do Almada e a Rua Garrett passarão a ser totalmente pedonais e a Rua da Prata e o Largo do Chiado serão apenas para transportes públicos. São estes apenas alguns exemplos das mudanças.
Este novo projeto estender-se-á do Rossio à Praça do Comércio e da Rua do Alecrim à Rua da Madalena. Assim sendo, o trânsito automóvel na zona da Baixa-Chiado passará a ser exclusivo para residentes, portadores de dístico próprio, veículos que cumpram a norma Euro 3 (posterior a 2000) – padrão europeu de emissões que disciplina as emissões de veículos novos comercializados na União Europeia – e veículos autorizados, como é o caso dos transportes públicos e viaturas de socorro, entre as 6h30 e a meia noite.
Segundo Fernando Medina, atualmente entram na Baixa 100 mil viaturas por dia, esperando a Câmara uma redução de 40 mil com estas medidas, o correspondente a menos 60 mil toneladas de CO2 por ano.
PSD critica projeto
João Pedro Costa, vereador do PSD na Câmara Municipal de Lisboa, criticou a medida, dizendo não ser “justa porque serve apenas a uma minoria, que não mora em Lisboa”. “Temo que a Baixa se transforme num parque temático de recreio, para turistas e estrangeiros residentes com vistos ‘gold’ que passam umas semanas por ano na cidade”, apontou o vereador.