O julgamento do produtor Harvey Weinstein, que foi acusado por mais de 100 mulheres de assédio e abuso sexual, foi interrompido na segunda-feira, no Tribunal de Manhattan. Uma das mulheres que acusou Weinstein de a ter violado teve um ataque de pânico durante o julgamento, levando o juiz a adiar o processo para esta terça-feira.
Depois de ter sido interrogada pela advogada de defesa durante quatro horas, a mulher, não identificada pela imprensa norte-americana, começou a soluçar e a chorar, acabando por ter um ataque de pânico. Mesmo depois de o juiz James Burke ter feito um intervalo de cinco minutos no processo, a mulher continuava incontrolável.
A advogada Donna Rotunno, conhecida pela sua dureza em tribunal, acusou a mulher de ter mentido várias vezes sobre o produtor e disse que esta deu a entender a Weinstein que estaria interessada em ter relações sexuais com o seu cliente, com o intuito de subir na carreira cinematográfica.
“Manipulou o senhor Weinstein de cada vez que o viu, não é verdade? De cada vez que se envolveu em encontros sexuais consentidos com ele, manipulou-o, não é verdade? Fez-lhe sentir que queria ter relações sexuais com ele”, acusou a defesa. O “Guardian” descreve o interrogatório como “o mais agressivo assassinato de caráter das mulheres que acusaram o produtor de agressão sexual”.
A mulher não identificada acusa Weinstein de a ter violado duas vezes, em 2013. Apesar das centenas de histórias que envolvem o produtor, Weinstein está a ser acusado em tribunal de duas violações, por parte da testemunha que levou o julgamento a ser interrompido, de um ato sexual criminoso e duas de agressão sexual predatória. O produtor nega todas as acusações.