Uma mulher de 83 anos foi condenada a dois anos e meio de prisão depois de, durante 33 anos, ter recebido a pensão de invalidez atribuída a um homem que estava morto.
A ex-assistente social, que trabalhava no Hospital Psiquiátrico Alonso Vega, em Madrid, aproveitou a sua condição para, em 1980, se apropriar da identidade e respetivos dados bancários de um paciente que não tinha familiares. A mulher esperou um ano para abrir uma conta corrente num banco espanhol, onde domiciliou o pagamento da pensão de invalidez. Todos os meses, a mulher retirava o montante que, no total, correspondeu a uma apropriação de mais de 205 mil euros.
A parti de 2007, a ex-assistente social falsificou uma declaração para que pudesse começar a receber a quantia em dinheiro. A mensalidade de 104 euros passou, segundo a publicação espanhola El País a 700 euros.
Depois de o banco se aperceber de que nunca tinha estado em contacto com o titular da conta, acabou por pedir a Juana Igeño uma certidão de vida. A mulher acabou por conseguir o documento no Registo Civil de Madrid, porém, meses depois, a Segurança Social espanhola fez um cruzamento de dados e percebeu que Jaime Pons já tinha morrido há mais de três décadas.
Durante a audiência, a mulher terá afirmado que se arrependeu do que fez. "Arrependo-me muito do que fiz. Lamento-o. Vou devolver tudo", garantiu.
Apesar de o Ministério Público ter pedido uma pena de seis anos por crime de falsificação de documentos e um crime continuado de fraude fiscal, a pena foi reduzida a dois anos. O filho da mulher já terá pagado, segundo a imprensa espanhola, 20 mil euros.