O Governo finlandês anunciou que vai atribuir aos pais as mesmas licenças parentais que atribui às mães, para que os homens possam passar mais tempo com os filhos recém-nascidos. A atribuição do subsídio vai aumentar para 14 meses combinados, o que equivale a 164 dias para cada progenitor. O objetivo da medida passa também por promover, para além do bem-estar, “a igualdade de género”, na qual a vizinha Suécia é líder, no que diz respeito a direitos parentais, já que cada pai tem direito a 240 dias de subsídio pago.
Segundo a ministra da Saúde e dos Assuntos Sociais, esta é a medida pioneira numa “reforma radical de benefícios familiares” a que a Finlândia quer dar início, com o objetivo de reforçar os laços familiares, em declarações à BBC.
Atualmente, as mães tinham direito a 4 meses e meio de licença paternal e os pais a pouco mais de dois meses. Este tempo poderia ser usufruído até a criança atingir dois anos, no entanto, por norma, não era usufruída a totalidade da licença paternal.
A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, que tomou posse em 2019, aos 34 anos, disse que o país ia lutar para atingir a igualdade de género, e esta era umas formas de o conseguir.
O governo da Marin estimou que os custos destas medidas rondassem os 100 milhões de euros. Num relatório da Unicef relativo a 2019, Portugal está entre os países que oferecem as melhores políticas relacionadas com a família, ao lado de países como a Suécia, Noruega, Islândia e Estónia.