O FC Porto e Pinto da Costa serão suspeitos de fraude fiscal e lavagem de dinheiro, avança a revista Sábado, que refere que em causa estão 20 milhões de euros referentes às transferências de jogadores como Falcao, Mangala e Danilo.
Segundo a mesma revista, o Ministério Público (MP) e a Autoridade Tributária (AtT) têm abertos cinco megainquéritos por suspeitas de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais cujos visados são presidentes de clubes, agentes, empresários, empresas e jogadores de futebol. Será o processo-crime do dirigente dos ‘dragões’ que se encontra numa fase mais avançada.
Escreve a Sábado que este processo resulta da junção de oito inquéritos iniciados em 2017/18 e que em causa estão negócios relacionados com pelo menos 15 jogadores, como Iker Casillas, Radamel Falcao, James Rodríguez, Imbula, Mangala, Jackson Martínez e Danilo.
De acordo com a mesma publicação, também o Benfica, Braga, Estoril, Portimonenses, Guimarães e Marítimo estão a ser investigados.
Pinto da Costa já reagiu à notícia e, através de um comunicado publicado no site do FC Porto, garante "exigir em sede própria responsabilidades aos artífices desta patranha".
"Nunca a FC Porto SAD e/ou o presidente do seu Conselho de Administração foram interpelados, ouvidos ou interrogados em qualquer tipo de inquérito ou diligência judicial similar sobre qualquer uma destas matérias", pode ler-se.
“Se estes inquéritos existirem, o que só se admite por mera hipótese de raciocínio, estariam em segredo de justiça e numa fase embrionária, pelo que se estranha esta fuga de informação cirúrgica em vésperas de um FC Porto-Benfica decisivo para o campeonato", acrescenta, manifestando ainda, "como sempre, a sua disponibilidade para fornecerem todos os elementos contabilísticos e pessoais que forem solicitados, como já o fizeram, em devido tempo, à Unidade de Grandes Contribuintes da Autoridade Tributária".
Também o Sporting de Braga emitiu um comunicado onde diz “desconhecer” qualquer investigação em curso. O clube minhoto diz ainda que “não recebeu nenhum contacto das autoridades no sentido de prestar qualquer informação adicional àquela que é de acesso público e que está devidamente verificada e validada pelos auditores e pelos reguladores, bem como pelas regulares fiscalizações da Autoridade Tributária".
“Como sempre tem vincado, a SC Braga, SAD e os seus responsáveis estão seguros da lisura dos atos de gestão praticados e estarão sempre disponíveis para ceder toda a documentação e informação necessária, cientes de que a mesma é taxativa quanto ao detalhe de cada operação realizada por esta Sociedade e pelos seus responsáveis", remata o clube.