Luís Montenegro, candidato à liderança do PSD afirmou, durante o seu discurso no segundo dia do congresso do PSD, que não vê nem Rui Rio nem Miguel Pinto Luz como "adversários" mas sim como "companheiros" numa luta contra os outros partidos.
“Não os vejo como adversários, vejo-os como companheiros do combate político salutar e democrático que travamos com os outros partidos”, disse. “Somos mais fortes se formos mais e se estivermos mobilizados”.
Montenegro falou ainda do Governo e sublinhou que “se a geringonça ruir, o PSD não pode ser a tábua de salvação do PS” e destacou que António Costa “não tem autoridade moral nem ética para reclamar essa estabilidade ao PSD”.
"Se antes de 2023, António Costa e o PS não assegurarem a estabilidade, só há um caminho, é António Costa demitir-se e ir embora à sua vida”, disse o antigo deputado.
Durante o seu discurso, o candidato à liderança do PSD lembra que “disse na noite das eleições que o PSD precisa de paz e de unidade” e volta a sublinhar a ideia. "Todos temos de contribuir para isso. Todos devemos exigir de nós próprios aquilo que exigimos dos outros. Todos devemos fazer aquilo que dizemos e não dizer uma coisa e fazer outra”.
Montenegro diz que “há demasiada agressividade verbal, demasiado separatismo até, e excessos cometidos por responsáveis políticos que não devem continuar. O Partido precisa de tolerância, precisa de respirar liberdade”.
O antigo deputado foi alertado várias vezes pelo público para o tempo do seu discurso, através de apupos e aplausos. O presidente da mesa, Paulo Mota Pinto chegou mesmo a pedir a Montenegro para terminar. Mesmo ao pedir tolerância que a sua qualidade de candidato derrotado lhe dava direito Mota Pinto sublinhou que o discurso já ia demsiado longo e que ninguém tinha tido tanto tempo de antena exceto Rui Rio, líder do partido.
Além dos apupos e gritos contra a longa duração do discurso, muitos dos apoiantes aplaudiam Montenegro. A música começou e interrompeu Montenegro. Apesar da confusão, no final foi cumprimentar Rui Rio que estava na primeira fila.