Catarina Martins garantiu que o Governo “não conta com o Bloco para uma alteração legislativa para impor o aeroporto do Montijo contra as populações e contra os ambientalistas e contra a segurança das pessoas”. A coordenadora dos bloquistas afirmou, em Braga, que há outras soluções possíveis e o Governo deve travar um “atentado ao ambiente”.
O Governo anunciou que tenciona alterar a lei que exige parecer favorável de todas as câmaras municipais para avançar com a construção de aeródromos nacionais. “O quadro legal que regula estas matérias tem obviamente de ser revisto. “não deve ser o presidente da Câmara Municipal da Moita a decidir pelo país”, disse o ministro Pedro Nuno Santos, depois de as câmaras da Moita e do Seixal se manifestarem contra a construção do aeroporto do Montijo.
Catarina Martins defendeu ontem que é necessário “encontrar uma alternativa”, porque mudar a lei não é a melhor solução. “A legislação diz, e bem, que as populações locais têm de ser ouvidas quando alguma coisa tem um impacto tão grande sobre a sua saúde, como acontece com o aeroporto”.
Por último, a coordenadora dos bloquistas defendeu que a solução encontrada “tem de ser em nome de Portugal, do interesse público, do ambiente e não pode ser feita à medida da Vinci, que comprou os aeroportos ao preço da chuva e quer fazer o máximo dinheiro que pode à custa do nosso país para se depois correr mal ir para outro sítio qualquer”.
Parlamento debate aeroporto
A Assembleia da República vai discutir na quarta-feira a construção do novo aeroporto no Montijo. O debate foi agendado pelo Partido Ecologista “Os Verdes” e surge depois de o Governo ter anunciado que tenciona alterar a lei.