O debate entre os democratas candidatos à nomeação presidencial trouxe uma nova dinâmica: depois de ter ganho em número de votos as primárias no Iowa, New Hampshire e no Nevada, o senador Bernie Sanders começou a sentir na pele o epíteto de favorito da corrida.
Os ataques uns aos outros foram constantes, os ânimos aqueceram e as interrupções foram a regra. Com as primárias democratas a chegarem a um ponto crítico, as baterias foram apontadas contra o senador do Vermont, no que foi o primeiro debate depois da sua vitória arrebatadora no ato eleitoral do Nevada.
Entre acusações de ser o favorito de Vladimir Putin, Presidente da Rússia, a arrecadar a nomeação presidencial democrata, censuras por ter elogiado um programa de literacia lançado por Fidel Castro quando tomou o poder em Cuba e críticas de ser demasiado radical, Sanders manteve-se firme e defendeu praticamente todas as suas posições e propostas.
Outro grande alvo dos ataques dos candidatos democratas foi Michael Bloomberg, um dos homens mais ricos do mundo que já investiu cerca de 450 milhões de dólares na sua campanha e está a ser acusado de tentar comprar a nomeação presidencial.
Continuando a estratégia de confronto com Bloomberg do debate anterior, a senadora do Massachusetts Elizabeth Warren acusou o multimilionário de ter dito a uma funcionária anónima para “matar” o feto quando esta lhe anunciou a gravidez. Por seu lado, Bloomberg negou veementemente ter realizado esse comentário mas admitiu que por vezes dizia coisas inapropriadas.
As primárias na Carolina do Sul serão realizadas no dia 29 de fevereiro, o último teste antes da “super terça-feira”, dia em que 14 estados e territórios vão às urnas para escolherem o seu candidato democrata favorito. Neste dia estarão em disputa quase 1400 delegados e a corrida deverá estreitar-se, fazendo alguns candidatos desistir.