O líder da claque Juventude Leonina, Nuno Mendes, mais conhecido por Mustafá, disse esta quarta-feira em tribunal que “foi um abuso de poder” terem usado o seu nome nos grupos de Whatsapp para combinar o ataque à Academia do Sporting – negando assim qualquer envolvimento.
"Antes estivesse [em Alcochete nesse dia]. Nada do que se passou é normal. No dia 15 só acordei para comer a canja da Cristina. Voltei para a cama e só acordei com ela a dizer-me para ir ver o que se tinha passado", explicou no Tribunal de Monsanto.
“Soube [do ataque] pela minha mulher, que foi buscar a minha filha e foi-me acordar. A Cristina acordou-me, chamou-me. Vi tudo pela televisão. Um dia vou saber o que se passou mesmo. Ainda não sei. Se alguém está por trás disto, ainda não foi preso. Metade daqueles arguidos não conheço", acrescentou.
"No meu entender não havia motivo para ir à Academia. Perdemos um jogo com o Atlético Madrid. Não é uma equipa qualquer. Perder 2-0 não é uma coisa do outro mundo. E eu não tinha noção do que se passava na internet. Na mesma reunião: Houve uma pessoa que perguntou se podíamos ir à Academia. Ficou logo descartado", rematou.
O processo da invasão à Academia tem 44 arguidos. Bruno de Carvalho, Mustafá e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, estão acusados de autoria moral de todos os crimes. Mustafá está detido desde maio de 2019 por suspeitas de tráfico de droga.
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