O Ministério da Saúde espanhol publicou um documento com os procedimentos a ter em conta com os cadáveres das vítimas mortais do novo coronavírus. As autoridades de saúde espanholas referem que os corpos de pessoas infetadas com o Covid-19 ainda podem ter o vírus ativo e, por isso, recomendam que as cerimónias fúnebres decorram com o caixão fechado e as pessoas adotem medidas de proteção.
"Embora não existam evidências sólidas até o momento sobre o risco de infeção por corpos de pessoas mortas pelo COVID-19, como observado noutros vírus respiratórios, e pelo princípio da precaução, é considerado que estes corpos podem representar um risco de infeção para pessoas que entram em contanto direto com eles", refere o documento, citado pelo jornal La Sexta.
De acordo com o documento do Executivo espanhol, quando o doente com coronavírus morre, deve der imediatamente transferido para a morgue. A família pode despedir-se, mas deve fazê-lo “o mais rápido possível”, sempre com bata descartável, luvas e máscara cirúrgica, entre outro material de proteção. É ainda recomendado que não haja contacto físico com o corpo ou as superfícies/objetos em seu redor, que possam estar contaminados. Posteriormente, a vítima mortal, deve ser colocada numa urna biodegradável pulverizada com desinfetante hospitalar.
Como os pulmões e outros órgãos podem ainda ter o vírus ativo, o Ministério da Saúde espanhol recomenda que não seja realizada uma autópsia a estes pacientes, caso seja um caso classificado como provável ou confirmado do novo coronavírus.
Relativamente às cerimónias fúnebres, o carro fúnebre terá de ser desinfetado e o corpo deve ser velado com o caixão fechado. Todas as pessoas presentes devem adotar medidas de proteção.
Recorde-se que esta terça-feira foi confirmada a primeira morte em Espanha devido ao Covid-19. O homem morreu devido a uma pneumonia grave de origem desconhecida, no passado dia 13 de fevereiro. Agora, o resultado da autópsia revelou que o homem, residente em Valência, estava infetado com o surto.