MP começou hoje a falar no debate instrutório da operação Marquês e pediu que todos os arguidos vão a julgamento. Procuradores arrasaram a versão apresentada ontem pelo ex-primeiro-ministro, insistindo nos beneficíos alegadamente dados ao Grupo Lena e ao lobby junto de governantes estrangeiros: “Transformar diplomacia económica em interesses privados merece a nossa censura”.
Recorde-se que na operação Marquês estão acusados 28 arguidos – 9 deles empresas. Em causa estão os crimes de corrupção passiva e ativa, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada, falsificação de documentos, abuso de confiança e peculato e posse de arma proibida.
"Como pode ser compreendido que haja um acionista [da PT] que paga ao seu administrador por fora? Como se aceita que um ex-primeiro-ministro receba empréstimos de alguém que é administrador de uma sociedade que trabalha para o Estado [o Grupo Lena]?”, questionou hoje Rosário Teixeira, pedindo ao juiz Ivo Rosa que mande todos os arguidos para julgamento: “Isto não pode ser aceite, sob ponto de vista de se criar uma rotura da confiança dos cidadãos na Justiça”.
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