Uma segunda pessoa infetada com o vírus da SIDA foi curada, através do transplante de células estaminais de um dador com um gene resistente ao VIH, anunciaram os cientistas britânicos da Universidade de Cambridge responsáveis pelo tratamento, através de uma publicação na revista médica The Lancet HIV.
O primeiro paciente a ser curado com este tratamento foi um homem em Berlim, há nove anos, que deixou de estar com a infeção ativa ao fim de dois anos e meio sem medicamentos antirretrovirais.
O paciente britânico recebeu um tratamento menos agressivo comparativamente ao paciente alemão e deixou de ter a infeção viral ativa ao fim de dois anos e meio sem a utilização de medicamentos antirretrovirais. Apesar dos resultados, o homem vai continuar a ser monitorizado pelos médicos, embora com menos frequência.
Apesar do sucesso, os cientistas sublinham que o tratamento com células estaminais de dadores com o gene resistente ao VIH só pode ser usado como último recurso para doentes com o vírus da sida que têm cancro no sangue, devido ao risco elevado do tratamento.
"Por isso, não é um tratamento que possa ser amplamente dado a infetados com o VIH que estão a responder com sucesso a um tratamento antirretroviral", sublinhou o coordenador do caso, Ravindra Kumar Gupta.
Além do transplante, os pacientes são ainda submetidos a radioterapia e a quimioterapia para eliminar o vírus na totalidade.