Cofina desiste da compra da TVI

Segundo a Cofina, o insucesso sentido nos últimos dias foi uma das partes que contribuiu para a falha do negócio. 

A Cofina já não vai comprar a Media Capital, empresa proprietária da TVI devido ao insucesso com o aumento de capital, essencial para a compra do grupo, detido pela Prisa. 

"A Cofina vem informar que, terminado o período da oferta pública de subscrição de 188.888.889 novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal, e estando em fase de finalização o apuramento dos respetivos resultados, é desde já possível concluir que o número de ações subscritas não atinge o total de ações objeto da oferta pública", começa a empresa por dizer em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo a Cofina, o insucesso sentido nos últimos dias foi uma das partes que contribuiu para a falha do negócio. "Tendo especialmente em consideração a recente e significativa deterioração das condições de mercado, a Cofina entendeu não estarem reunidas condições para o lançamento de uma oferta particular para colocação das ações sobrantes, cuja possibilidade se encontrava prevista no prospeto da oferta pública de subscrição", afirmam na nota. 

"O montante entregue pelos investidores no momento da emissão das respetivas ordens será colocado à respetiva disposição pelos intermediários financeiros junto dos quais tenham emitido as suas ordens", explica o grupo proprietário do Correio da Manhã e do Jornal de Negócios. 

A Cofina explica também que "em consequência de a oferta pública ficar sem efeito, o aumento de capital não será objeto de registo comercial, não se encontrando verificada a última condição suspensiva de que depende o fecho da operação de aquisição, pela Cofina à Prisa, de ações representativas de 100% do capital social e direitos de voto da Vertix, que por sua vez é titular de ações representativas de 94,69% do capital social e direitos de voto da Média Capital, conforme estabelecida no contrato de compra e venda celebrado em 20 de setembro de 2019 e alterado em 23 de dezembro de 2019".

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