Vamos à questão essencial que tem sido ignorada quer pelas autoridades públicas, quer pela comunicação social (incluindo aqui a opinião publicada em geral): o papel da China na criação e/ou difusão do vírus. Vamos ser claros: apesar de nos reportamos à China, na verdade, a realidade que existe é o PCC – o partido é o Estado; o Estado é o partido.
A China é um Estado totalitário, bárbaro, onde as mais elementares liberdades individuais são negadas e reprimidas. Pense-se na perseguição aos cristãos e aos judeus que as autoridades comunistas têm levado a cabo, com a conivência (por omissão) do mundo ocidental.
O Partido Comunista chinês persegue, reprime, mata a rodos – e depois paga à elite ocidental para que sorria e receba de braços abertos o novo império do Oriente. Felizes e contentes, os líderes políticos europeus lá nos vão explicando as vantagens de uma cooperação reforçada com o regime tirânico comunista de Pequim.
Sejamos claros: a China comunista (ou, porventura, mais rigorosamente, do Partido Comunista) não é nossa aliada; a China comunista não é nossa amiga. A China está prosseguindo os seus interesses específicos e sonha com um mundo à sua imagem e semelhança.
Daí que sempre que investidores chineses – patrocinados pelo Partido Comunista – entram num determinado país, distinguem entre o curto-prazo e o médio-longo prazo: no curto-prazo, adaptam-se às regras e mantêm (ou contratam) trabalhadores nacionais; depois, começam a atuar de acordo com as suas regras muito próprias, querendo impô-las às autoridades nacionais, e a deslocar trabalhadores chineses. O objetivo é criar uma pax chinesa, ou seja, um modelo de organização que reconheça alguma autonomia àquilo que a elite do PCC designa como “pólos internacionais” , mas comandada (autoritariamente) a partir de Pequim.
Pois bem, em ordem a alcançar tal objectivo, a China comunista alicerçou a sua política externa e de defesa na estratégia de guerra ilimitada – “unrestricted warfare”.
De facto, o Presidente Xi foi influenciado pela obra dos Coronéis Qiao Liang e Wang Xiangsui , do Exército de Libertação Popular chinês, com o mesmo título: os militares estruturam aí a sua apologia de uma guerra sem limites (a “war beyond limits”). Basicamente, esta consiste na renúncia ao paradigma tradicional da guerra confrontacional – “convencional” – , preferindo o recurso aos modernos instrumentos da vida social e das relações internacionais que pautam a globalização.
Assim, uma guerra bem sucedida terá que recorrer, em primeira linha, à guerra de informação: à obtenção de mais e melhor informação que o adversário – e promover a difusão de informação que prejudiquem o inimigo. No fundo, ter sempre o controlo da narrativa dominante.
Em segundo lugar, importa conjugar, segundo Qiao Liang e Wang Xiangsui, diversos mecanismos bélicos, harmonizando-os e utilizando-os em cada momento em função do objectivo cimeiro a atingir: os líderes militares chineses dão o exemplo da conjugação de guerra biológica com guerra de informação e, eventualmente, guerra energética ou, em termos mais amplos, de recursos.
O fator determinante é – e atenção a este ponto- a articulação entre meios de guerra supranacionais (mais estruturantes no mundo globalizado) e ênfase nas realidades territoriais que, em certo momento, se vise desestabilizar com particular acuidade.
Terceiro: manipular as regras – jurídicas, sociais e éticas – em benefício dos objectivos que se pretendem atingir.
O único limite que importa é a premência da vitória. Qiao Liang/Wang Xiangsui invocam a este propósito um inusitado estratega militar: Osama Bin-Laden.
Os métodos terroristas devem, pois, nesta perspetiva, ser um exemplo – tal como Bin-Laden convenceu os seus seguidores a morrerem pela causa, também o povo chinês deve estar disponível para morrer em prol da vitória coletiva.
Ora, o que é que nós tivemos no momento genético e de difusão do Covid-19?
Primeiro, as autoridades chinesas negaram; depois, não reagiram, deixando o vírus propagar-se; terceiro, falsificaram e/ou omitiram informação relevante às instâncias internacionais; finalmente, parece que lograram controlar, de forma impressionante o vírus, sempre dominando o fluxo comunicacional.
As autoridades chinesas demoraram mais tempo a reagir ao vírus do que a proibir o Winnie, the Pooh na China, porque o urso da Disney é demasiado parecido com o Presidente Xi (na óptica, claro, dos camaradas do Partido Comunista chinês).
Poucos dias volvidos sobre o impacto do vírus na economia e na sociedade europeia, os órgãos de propaganda do regime chinês começaram a desvalorizá-lo, a acusar os EUA de ingerência na política chinesa, a brincar com comentários feitos pelo Secretário de Estado Mike Pompeo e a acusar os europeus de racismo e xenofobia pelo simples facto de apelidarem o vírus como…vírus chinês.
Daqui resulta, portanto, que a elite dirigente do PCC utilizou os ensinamentos propostos por Qiao Liang e Wang Xiangsui: o vírus – que as autoridades chinesas deixaram que se propagasse para o resto do mundo, por acção ou, numa leitura benigna, por omissão – gerou o caos, o pânico e o colapso (temporário, espera-se) de micro-sistemas sociais e económicos nos EUA, na Europa e em vizinhos asiáticos; ao que se somou um domínio da comunicação e guerra económica com a China a controlar os seus activos e até adquirindo posições acionistas estrangeiras a preço de saldo.
Numa palavra: o vírus Covid-19 (o vírus do Partido Comunista Chinês) é um instrumento de guerra supranacional, expressando a combinação da guerra biológica com guerra informacional e económica. Por outro lado, se é verdade que também morreram nacionais chineses, tal não refuta a nossa tese: antes, trata-se da concretização da filosofia de Qiao Liang e Wang Xiangsui de auto-sacrifício em prol do objetivo de guerra coletivo – o “terrorismo doméstico estatal” inspirado em Osama Bin-Laden. Na “Unrestricted Warfare”, o único limite é a vitória. Custe o que custar.
Concretiza-se, assim, um dos primeiros episódios da “Guerra Irrestrita sem Limites” (“Unrestricted Warfare”; “War beyond Limits”) que foi oficialmente acolhida pelo Presidente Xi.
Curiosamente, dois proeminentes dirigentes do PCC juraram, em Outubro do ano passado, vingança aos EUA – e em Janeiro passado, fontes ligadas ao Presidente Xi anunciaram que, em breve, os EUA iriam conhecer o seu precipício…Isto após as manifestações em Hong Kong e poucos dias antes da escalada de propagação do vírus…
Outra coincidência: o vírus surge precisamente no início de ano eleitoral nos EUA, com os meios de propaganda chinesa a criticarem a gestão da Administração dos EUA pela sua gestão da epidemia…Isto depois de sabermos que o Comité Central do PCC fez circular a informação que a sua estratégia deveria ser a de protelar ao máximo as negociações comerciais com os EUA, adiando-as para final e 2019/2020..Isto porque, em 2020, haveria uma nova Administração na Casa Branca…
Não, o vírus do Partido Comunista Chinês que vai ceifando vidas por esse mundo fora não é apenas uma questão de saúde pública. É, isso sim, uma questão de segurança e defesa nacional.
Resta saber se os políticos têm coragem de confrontar o regime tirânico chinês pelos danos que estão causando entre nós.
É tempo de responsabilizar o Partido Comunista Chinês pelos ato criminoso que cometeu – pois se um cidadão particular que contribua para a propagação do vírus arrisca-se a uma pena de prisão, por maioria de razão, os Estados,cujos povos foram vítimas da prepotência e ganância da elite comunista chinesa, têm o poder-dever de pedir contas ao regime bárbaro de Pequim.
Se não o fizerem, será um desrespeito monumental à memória dos falecidos e uma afronta para os povos que alegam defender.
Não tenha dúvidas: graças às políticas das últimas décadas, estamos hoje dependentes dos humores da elite de um Partido Comunista que tem um plano de dominação global.
Bem vindo à “Guerra sem Limites” – se não forem colocados travões ao Presidente Xi e seus camaradas, o que se convencionou chamar Covid-19 será apenas o primeiro (e menos letal) episódio bélico. E só de pensar que entregaram a este Partido Comunista Chinês o controlo da nossa eletricidade, da nossa energia, de infraestruturas essenciais, de hospitais, de companhias de seguro, da nossa dívida pública – e este Governo de Costa quer entregar, em bandeja dourada, o Porto de Sines…Era só o que nos faltava!