A Deco Proteste lançou um comunicado a enumerar várias das burlas e esquemas fraudulentos que têm surgido com o aumento exponencial de casos de covid-19 em Portugal, como aplicações falsas e curas milagrosas, com o intuito de aceder aos dados dos cidadãos.
"Os burlões têm noção de que pessoas preocupadas tendem a agir com impulsividade. Mais facilmente, em momentos de incerteza, como aquele em que vivemos, cedem à tentação de carregar num link que lhes acene com respostas", pode ler-se no comunicado enviado às redações.
"Os autores destes estratagemas aproveitam-se do facto de muitas empresas e organismos do Estado terem necessidade de, nesta fase, comunicarem com os seus utentes e consumidores, para tentarem espalhar mensagens fraudulentas no meio de outras fidedignas. Usam as comunicações oficiais e fazem réplicas para ludibriarem os mais incautos", aponta a Deco Proteste.
Alguns dos esquemas fraudulentos conhecidos pela associação são "campanhas de angariação de fundos para combate à doença, testes de despiste do covid-19, plataformas de informação sobre evolução da pandemia e campanhas de vacinação comparticipadas pelo SNS.
A Deco deixa ainda sete regras para que os cidadãos evitem ser enganados. No caso de esquemas fraudulentos via-email, sms ou WhatsApp, deve estar atento ao texto.
"Se tiver erros ortográficos ou incoerências gramaticais, apague", aponta a Deco. "Desconfie se estiverem escritos noutro idioma. Os organismos oficiais comunicam em português de Portugal", sublinha.
Não devem clicar nos links. "Copie o endereço e cole-o na caixa de pesquisa do Google. Se for malicioso, certamente que encontrará informação sobre o esquema. O importante é não clicar", aponta.
A organização sublinha que não existe nenhuma cura para a covid-19 e que qualquer pessoa que diga que tem conhecimento de uma cura é falso. "Confie apenas em comunicações de organismos oficiais, como a Direção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde."
A Deco aponta ainda que "quando a esmola é grande, o pobre desconfia" e pede aos cidadãos que desconfiem de pessoas que lhes queiram oferecer "máscaras, gel desinfetante ou até papel higiénico. Estes bens de primeira necessidade que agora vão escasseando nas prateleiras são também um ótimo engodo".
Não deve preencher formulários de levantamento de dados pessoais. "O objetivo é recolher dados que, em muitos casos, permitem aceder às credenciais de acesso ao e-mail ou ao homebanking. Esta informação nunca é pedida, nem por escrito, nem por telefone. As passwords devem ser intransmissíveis".
Veja em que aplicações pode confiar e mais conselhos por parte da Deco Proteste aqui.