Ricardo Sá Pinto quebrou o silêncio sobre a saída do comando técnico do Sp. Braga. O treinador português, despedido em dezembro último, diz não ter entendido a decisão do presidente do clube, António Salvador.
Em entrevista ao Mundo Deportivo, Sá Pinto revelou ainda as duas propostas que já recebeu, mas diz que esta não é a melhor altura para tomar decisões devido à propagação global da covid-19.
"Ainda não entendi a decisão [de ter sido despedido do Sp. Braga]. Fiquei muito entusiasmado por trabalhar em Braga, na Liga Europa quebrámos todos os recordes do clube, estivemos dez jogos sem perder. Éramos a melhor equipa da fase de grupos. Chegámos às meias-finais da Taça da Liga, que depois ganharam, e é verdade que na Liga não estávamos onde queríamos porque não é fácil jogar de três em três dias", disse. E acrescentou: "Acho que quando a equipa descansasse podia melhor na Liga. Não pude terminar o trabalho e saí com pena porque tinha a ilusão de conseguir algo ainda maior".
Sá Pinto quer regressar ao banco brevemente mas por enquanto ainda não está definido o próximo desafio: "Tive uma oferta da Europa e outra do golfo pérsico, mas com este tema [o novo coronavírus] é melhor esperar porque é arriscado tomar decisões".
"A ideia é continuar a ser treinador, adoro treinar e tenho tido épocas boas. Fui vice-campeão belga e ganhei a Taça da Bélgica com o Standard, além da qualificação para a Champions. Na Polónia fui vice-campeão com o Legia. Algum dia terei o que mereço", rematou.