O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) ativou o alerta amarelo da gestão nacional de reservas de sangue, que reforça as iniciativas para convocar dadores. Desde o início de março, as colheitas de sangue diminuíram 50%, revela o IPST, devido ao cancelamento de sessões de colheitas em instituições, mas também com a paragem das carrinhas móveis, que não tinham condições para seguir as orientações da Direção-Geral da Saúde no atendimento ao público e distanciamento social. Apesar da quebra, o consumo dos hospitais também baixou 35%, revela o instituto, devido, por exemplo, ao adiamento de cirurgias programadas, uma vez que as unidades têm estado a deslocar recursos e equipas para preparar a resposta para o aumento de casos de covid-19 nas próximas semanas.
O nível de alerta amarelo envolve o reforço do envio de SMS de convocatória de dadores ativos, o reforço das sessões de colheita, com alargamento dos respetivos horários, e o agendamento prévio da dádiva com hora marcada, adiantou ao i o IPST. O objetivo será não ter tantos dadores em simultâneo nos locais de colheita fixos, mas continuar a ter dádivas regulares. E mesmo em estado de emergência está acautelada a circulação de dadores ou potenciais dadores para se dirigirem a locais onde se realizam sessões de colheita de sangue, informa o instituto. Para isso, basta descarregar no site do IPST uma declaração para esse efeito. Passam a estar abertos ao domingo os postos fixos de colheita dos Centros de Sangue e Transplantação de Lisboa, Coimbra e Porto, e foi aberto um novo local de colheita de sangue que funcionará nos dias úteis nos serviços centrais do IPST, na Avenida Miguel Bombarda, em Lisboa. Também os serviços de sangue dos hospitais se mantêm a funcionar.