Um agente da PSP da esquadra de Porto Salvo, em Oeiras, acusou esta sexta-feira positivo ao novo coronavírus e a Organização Sindical da PSP criticou a forma como inicialmente foi tratada a situação.
Ao i, Jorge Rufino, vice-presidente daquela associação sindical, admitiu que alguns agentes saíram às 16 horas, depois de conhecerem o resultado do teste positivo, com apenas a indicação de que o chefe da esquadra de Porto Salvo os contactava, não havendo qualquer ato imediato para evitar a propagação do vírus.
"O pessoal aqui está todo inquieto. Só muito depois é que o chefe da esquadra de Porto Salvo contactou a linha Saúde 24 ou a linha que a Divisão de Oeiras tem com a Câmara Municipal para a identificação dos agentes que estiveram no mesmo espaço físico do que o infetado", contou Jorge Rufino, mostrando preocupação e indicando que já foi anunciada uma proposta para a alteração de horários.
"Na Divisão de Oeiras, no total, são cerca de 400, contando com os elementos da Equipa de Intervenção Rápida da PSP e de investigação criminal. É muita gente. Temos de também estar preocupados com as famílias. Já fizemos a proposta de alterar os turnos e passar a haver turnos de 12 horas, ou de oito horas, e não de seis horas. Facilitava muito", explicou.
Esta sexta-feira, recorde-se, já três agentes da PSP do Comando do Porto ficaram infetados com o novo coronavírus e, de acordo com a Organização Sindical da PSP, os restantes agentes continuam a trabalhar sem restrições de horários.