“Não vale a pena estragar o esforço destas semanas pelo prazer de gozar a Páscoa em família”

Marcelo pede aos portugueses que “sacrifiquem” a tradicional celebração.

O Mresidente da República mostrou-se preocupado com a tradição portuguesa de celebrar a Páscoa em família, que passa também pelo regresso dos emigrantes à sua terra natal.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas após ter visitado a fábrica da farmacêutica Hovione, em Loures, acompanhado pelo ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, e pelo presidente deste município, Bernardino Soares.

"Estou preocupado por uma razão muito simples: há uma tradição de celebrar a Pascoa em família ampla, em família numerosa, é uma ocasião de encontro familiar", disse Marcelo Rebelo de Sousa no final da audiência com a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos. "Que este ano não haja essa celebração numerosa, em aglomeração, da família ampla que é tradicional em vários pontos do nosso país", apelou.

Marcelo defende que “não vale a pena estragar aquilo que tem sido o esforço destas semanas pelo prazer de gozar esta Páscoa em família", insistiu Marcelo Rebelo de Sousa, apelando a "que se sacrifique" a celebração tradicional "pensando na saúde e na vida dos portugueses".

O mesmo pedido foi feito nas declarações do chefe de Estado após a visita à fábrica da farmacêutica Hovione, em Loures, acompanhado pelo ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, e pelo presidente deste município, Bernardino Soares.

"Agora que se aproxima o período da Páscoa, os que não estão a trabalhar e não têm de trabalhar, respeitem o apelo de contenção. É um apelo coletivo. No fundo, estamos perante uma tarefa coletiva, que estamos a viver, que estamos a vencer, porque a adesão dos portugueses é massiva, mas tem de continuar", afirmou.

Para Marcelo, o esforço contínuo tem de ser mantido. “Isso implica que nós, no dia seguinte, não podemos perder aquilo que ganhámos na véspera ou na semana anterior. Estamos a ganhar o achatamento da curva, mas não podemos perder", sublinhou.

"Quando o Governo faz esses apelos ou toma essas decisões, é com base naquilo que os epidemiologistas dizem. Quando os especialistas pedem atenção à mobilidade num período tão longo como o da Páscoa, é para que não se comprometa um esforço que está a correr bem. Os portugueses têm de compreender isso", insistiu.

Por outro lado, segundo Marcelo, o objetivo da sua visita à farmacêutica serve também para mostrar que "há portugueses que estão a trabalhar ao sábado e ao domingo".

"A economia mais a saúde não podem parar. Aqui estão muitos trabalhadores a trabalhar por Portugal", acrescentou.