O ex-ministro socialista Paulo Pedroso classifica André Ventura como “um abutre político que vive do ódio e para o ódio, para ganhar a sua vidinha e notoriedade”.
Pedroso escreve, na sua página de facebook, sobre a posição do Chega em relação à libertação de reclusos para prevenir a propagação da Covid-19. “O Chega quer apenas manipular o sentimento primário de medo, mesmo que isso signifique arriscar a morte de pessoas que nem sequer estão condenadas ou de outras que estão muito perto do fim das suas penas e num processo bem-sucedido de ressocialização.”, afirma.
O ex-ministro da Segurança Social lembra que “uma parte da população prisional tem uma saúde muito precária” e considera que a diminuição da densidade da população prisional permite aumentar a segurança nas cadeias. “Seguramente não sabe o que é para guardas prisionais e reclusos conviver num espaço fechado com medo da morte que possa ser transmitida pela respiração. Nem precisava de vir a covid-19 para perceber do que falo. Perguntem aos guardas prisionais como se sentem em relação ao risco de apanharem tuberculose em certas alas prisionais e se isso não os leva a pensar duas vezes sempre que se movem em espaços fechados”.
Paulo Pedroso, que esteve em prisão preventiva durante quatro meses, mas acabou por ser ilibado no caso Casa Pia, considera que tem o dever de não se calar, porque conheceu por dentro o sistema prisional. “Não tenho medo de Venturas nem dos protofascistas que ele alimenta porque deles se quer alimentar”, conclui o ex-ministro socialista.