Apesar de lamentáveis, os números até agora registados em Portugal enquadram-se num juízo mínimo de razoabilidade no quadro geral de irrazoabilidade que é a nossa vida atual: o Primeiro-Ministro António Costa e o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa fizeram, aliás, desde o primeiro minuto, exacerbar as perspetivistas mais pessimistas para diminuir as expectativas dos portugueses, por um lado – e persuadi-los da bondade da adoção de medidas mais drásticas no imediato.
Há aqui um lado político que não podemos, sob pena de desonestidade intelectual, de ignorar: é que nem António Costa, nem Marcelo têm espaço de manobra para aguentar mais uma catástrofe humanitária. Mais um desastre em termos de perdas de vidas humanas inocentes – se tal acontecer, o que seria em qualquer circunstância lamentável, António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa sabem que não poderá ser imputável ao processo de gestão e combate à crise levado a cabo pelas autoridades públicas, sob pena de degradação definitiva do Estado Português.
Costa sabe o que fez (e o que não fez, com especial destaque) perante a tragédia de Pedrógão Grande e dos incêndios de Outubro de 2017; Marcelo Rebelo de Sousa sente, neste momento, uma ainda mais qualificada preocupação. Porquê?
Porque Marcelo, em 2017, afirmou publicamente – reiterando diversas vezes em momentos subsequentes – que a sua recandidatura estaria dependente da não verificação de outra tragédia como a de Pedrógão Grande, causada pelo colapso e falência das estruturas do Estado Português. O que significa, pois, que se o Estado falhar na reação à crise colocada pelo vírus do Partido Comunista Chinês, a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa estaria comprometida –e a popularidade do Presidente da República desapareceria num ápice.
O Presidente Marcelo – extremamente popular em tempos de normalidade, pelos afetos e pela proximidade social – ficaria nas páginas da nossa História coletiva pelos piores motivos. Marcelo Rebelo de Sousa sabe, pois, que no sucesso do Estado à resposta à crise do primeiro episódio da guerra irrestrita lançada pelo Partido Comunista Chinês, se joga o seu futuro político; e a sua hétero-memória política.
António Costa, por sua vez, há muito que tem, na sua mente, dois objetivos fundamentais: bater o recorde mantido por Aníbal Cavaco Silva de longevidade à frente dos destinos governativos de Portugal; ou superar Durão Barroso e António Guterres, tornando-se o político mais bem sucedido a nível interno e externo – adicionando ao seu currículo de Ministro, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e de Primeiro Ministro, um cargo internacional, preferencialmente europeu.
António Costa ainda acautela, pois, a ambição de obter uma maioria absoluta a nível nacional ou de sair, em grande, à semelhança de Durão Barroso – não pela decisão soberana dos eleitores portugueses, mas sim pela deliberação suserana dos burocratas e interesses especiais de Bruxelas.
Donde, António Costa joga tudo na gestão da presente crise; Costa quer poder, Costa não abdicará, por um momento, de poder.
Daí a reação da máquina socialista ao nosso último texto em que propusemos um Governo de Salvação Nacional: os avençados do PS –que não todo o PS, porque nós consideramos que a maioria do povo socialista quer um Governo de coligação com Rui Rio, porque entende a prioridade do interessa nacional sobre interesses mesquinhos privados – reagiram violentamente, recorrendo às habituais acusações de golpe de Estado. Não se lembraram da sua doutrina anti-golpe de Estado quando surripiaram o poder em 2015, mas enfim…isso é uma outra discussão, irrelevante neste momento.
No entanto, é inevitável: haverá Governo de Salvação Nacional, com PS e PSD, muito em breve. Só uma questão de tempo.
É só uma questão de Marcelo Rebelo de Sousa ser reeleito com uma votação esmagadora em Janeiro, com o voto dos socialistas que (apesar do costismo) percebem que o interesse nacional é o único critério de decisão que interessa nestes tempos turbulentos.
E escusam de vir com a cartilha salazarenta, neo-fascizante, segundo a qual em tempos de crise não se criticam Governos. Que o poder político deve ser protegido contra opiniões críticas, contra o escrutínio público em momentos de excepção constitucional.
Benito Mussolini utilizou o mesmo argumento para marchar sobre Roma e concentrar, em si, o poder do Estado; Adolf Hitler utilizou o mesmo argumento para convencer o Presidente Hindenburg a entregar-lhe o poder e, depois, a aprovar sem contestação a Constituição nazi de 1933.
Salazar foi, pois, um visionário ao apelar, em período muito difícil para Portugal, após a Primeira Guerra Mundial, a Depressão de 1929 e a instabilidade política, à “União Nacional”, assim crismando o partido único. Porque, no fundo, como constatamos no presente, os portugueses – sobretudo, a elite – gosta é de uma grande União Nacional contra a “porca da política” (que é, no fundo, qualquer divergência ou crítica…).
Ora, a democracia não mostra a sua superioridade face às ditaduras em momentos de estabilidade; é antes, precisamente, nos tempos conturbados que a democracia deve demonstrar toda a sua vitalidade e superioridade axiológica, funcional e sistemática face a regimes totalitários, autoritários e anti-democráticos.
Há uma certa esquerda e uma certa direita que estão sempre prontos para recorrer à carta do “respeitinho” para diminuir as possibilidades da democracia. Não basta invocarem constantemente que a democracia não está suspensa; é preciso agir em conformidade.
Daí que o cartaz do CHEGA, denunciando as mentiras de António Costa, é perfeitamente justificado: é a visão de um partido político que escrutina o Governo. E é verdade que Costa mentiu; e é verdade que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa prometeu que toda a verdade seria dita aos portugueses.
Dito isto, ao contrário do que tem sido recorrente nas redes sociais – da esquerda à direita, a verdade é que o líder mais firme na gestão da reação ao vírus do Partido Comunista Chinês (hoje já ninguém duvida da correção desta designação) tem sido o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
Muitos criticam o Presidente Bolsonaro; contudo, se não fosse o Presidente Marcelo, António Costa teria tido exatamente a reação (ou pior, vide as declarações da Diretora-geral de Saúde e da Ministra da Saúde inicialmente…) de desvalorização do vírus.
Foi Marcelo Rebelo de Sousa que forçou António Costa a agir, a levar o assunto a sério . Tudo o que António Costa tem feito é em reação a Marcelo ou combinado com Marcelo.
É um fenómeno que iremos ver nos próximos tempos em Portugal: a transferência da centralidade do poder político para o Palácio de Belém.
A não ser que António Costa precipite eleições antecipadas, como poderá ser a sua vontade em breve se concluir que, na lógica de manutenção do seu poder, será mais vantajoso do que embarcar em Governo de Salvação Nacional com Rio….
É, quanto a nós, com muita alegria que constatamos que até António Costa reconhece que este é o vírus do Partido Comunista Chinês.
Que a China é culpada por esta crise que vivemos, que a China tem um plano de dominação global, que isto é uma guerra económica e informacional e que é necessário romper a dependência industrial com a China comunista.
António Costa, seguindo o que nós temos afirmado e já amplíssimos sectores da sociedade portuguesa compreendem e reclamam, percebe que a sua ligação umbilical com o regime chinês será um problema político.
Por conseguinte, Costa está já ensaiando uma escapatória retórica – por coincidência, Costa fá-lo na Rádio Renascença, uma estação ligada ao centro-direita, para convencer o eleitorado de direita. Ou seja: cheira a pré-campanha eleitoral…
Nós trataremos de cobrar, no futuro, as declarações de Costa: é um imperativo de segurança nacional romper com a China comunista, ou, mais rigorosamente, com o Partido Comunista Chinês e a brutalidade do seu regime.
Esperamos que Costa divulgue os contratos que andou a assinar com as elites comunistas chinesas – e retire Portugal da Rota da Seda, rapidamente e em força!
É tempo de derrotar, sem apelo, nem agravo, o plano de dominação global (“a Guerra sem Limites”, na terminologia do Presidente Xi) do Partido Comunista Chinês.
Se não o fizermos, será uma vergonha e um insulto para com a memória das milhares de pessoas que morreram em virtude deste vírus que o Partido Comunista Chinês quis ou, pelo menos, não evitou quando o poderia ter evitado!
Esperamos, pois, que António Costa – na sua lógica de criação do binómio “amigo/inimigo” para capitalizar politicamente, como já havia feito com a Holanda – não se tenha limitado a brincar com assuntos muito sérios.
O vírus do Partido Comunista Chinês é uma questão de segurança nacional. Hoje e no futuro.
Não percamos mais tempo a denunciá-lo e combatê-lo.
A vitória será da democracia e da liberdade, mais uma vez. Como sempre – a Liberdade triunfará contra a ameaça do Partido Comunista Chinês.
E o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa – que tem liderado, de facto, o Governo e, em especial, tem orientado António Costa nesta crise – tem de contar a verdade aos portugueses sobre o papel do regime comunista chinês neste inferno que ora vivemos.
O Presidente da República sabe melhor do que ninguém que a Rota da Seda está morta. Só temos de assinar a certidão de óbito para que uma nova ordem fundada na liberdade, na justiça e no patriotismo possa nascer.
Portugal tem que estar fora da Rota da Seda dos comunistas chineses.
Marcelo –que é, na sua essência, um patriota –não deixará de pressionar o Governo para se afastar do regime bárbaro e desumano chinês. Rota da Seda chinesa está morta – a liberdade está viva.
O Presidente Marcelo sabe que, na campanha presidencial que se avizinha, não poderá deixar de denunciar o Presidente Xi e os seus crimes contra a Humanidade…