O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, foi aceite como voluntário no Exército e deverá integrar o Regimento de Transportes de Lisboa.
A decisão de se voluntariar para as Forças Armadas foi anunciada no passado dia 21, em comunicado, para ajudar no combate à pandemia da covid-19. Na altura, Francisco Rodrigues dos Santos revelou que iria acumular as duas funções: a de voluntário nas Forças Armadas e a de líder do CDS, apesar de terem sido levantadas dúvidas sobre se o poderia fazer. Ora, Francisco Rodrigues dos Santos será um voluntário (sem farda), seguindo as orientações de militares, mas sem estar integrado na hierarquia militar. Se assim não fosse, dificilmente poderia manter-se líder do CDS.
No passado dia 21, o líder do CDS anunciou a decisão, recordando os seus oito anos no Colégio de Militar e o facto de ser filho de um oficial do Exército.
«Este é o momento de dar o exemplo e de passar das palavras aos atos. É como português que afirmo a minha total disponibilidade para defender o nosso povo e honrar Portugal na primeira linha da resistência ao novo coronavírus», escreveu Francisco Rodrigues dos Santos na rede social Facebook. Ora, na lista de voluntários estão familiares de militares, médicos, profissionais de saúde, entre outros. O objetivo é ajudar os militares que no terreno no quadro do estado de emergência, mas sempre com estatuto de civis, sem estarem integrados na hierarquia militar, conforme explicou ao SOL fonte militar conhecedora do processo.
O caso de Rodrigues dos Santos é diferente, por exemplo, da situação do presidente do Sporting, Frederico Varandas. O dirigente desportivo é militar de carreira, médico, e tinha uma licença especial para não estar integrado na carreira militar.