NAV Portugal regista quebra de 36% do tráfego aéreo em março

Queda do tráfego aéreo acentuou-se a partir de 16 de março, depois das limitações impostas devido à pandemia de covid-19. Queda de 85% verificada na última semana do mês deve manter-se durante todo o mês de abril.

A NAV Portugal – entidade que controla o tráfego aéreo em Portugal – geriu menos 24,3 mil voos ao longo do mês de março, o que representa uma quebra de 36% face ao mesmo mês de 2019. Ao todo, registaram-se 43,8 mil movimentos contra os anteriores 68 mil em território nacional.

“Os números evidenciam o impacto da pandemia de covid-19 e das diversas medidas assumidas por vários Estados para conter o ritmo de contágio, medidas que determinaram quedas abruptas no setor da aviação civil a nível global”, refere a entidade em comunicado. A descida abrupta de movimentos verificou-se, sobretudo, a partir de dia 16 de maço, quando foi declarada a primeira fase de 15 dias de estado de emergência.

Na última semana de março, o tráfego aéreo caiu 85%, valores que, segundo a NAV, “deverão manter-se ao longo do corrente mês [abril], sendo por isso expectáveis quebras a rondar os 85% e 95%”. “As suspensões de ligações aéreas irão provavelmente manter-se, isto além do encerramento temporário dos aeroportos em Portugal, e várias companhias já anunciaram que manterão a maioria dos aviões em terra até maio”, lê-se na nota.

Para o Presidente do Conselho de Administração da NAV Portugal, Manuel Teixeira Rolo, “a queda acentuada do tráfego é bastante preocupante, por tudo o que tal representa em termos de impactos na economia, no emprego e na vida das pessoas”. Porém, sublinha: “A prioridade hoje é conter o mais possível o impacto de uma disseminação acelerada da covid-19, sendo essa uma batalha a que todos estamos convocados”.

O total de voos geridos pela NAV, ou movimentos, inclui não apenas os voos com origem/destino em aeroportos portugueses, mas também aqueles que sobrevoam o espaço aéreo sob responsabilidade portuguesa.