“Não é o Portugal que reconhecemos e de que nos orgulhamos”, disse Cabrita sobre morte de cidadão ucraniano

Inspetores suspeitos estão em prisão domiciliária.

O ministro da Administração Interna adiantou, esta quarta-feira, que só tomou conhecimento da existência de indícios de crime na morte do cidadão ucraniano à guarda do SEF após a detenção dos três inspetores suspeitos.

"Não é o Portugal que reconhecemos e de que nos orgulhamos", afirmou Eduardo Cabrita, esta manhã durante a audição parlamentar, sobre a morte do cidadão ucraniano no Centro de Instalação Temporário (CIT) do Aeroporto de Lisboa, que terá ocorrido após alegadas agressões da parte de três inspetores do SEF, atualmente em prisão domiciliária.

O ministro adiantou que está a decorrer um inquérito interno por parte da Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI), e que os dois responsáveis máximos do SEF no aeroporto foram demitidos assim que o governante tomou conhecimento de que a morte não teria sido devido a causas naturais. O centro também foi encerrado, e continuará de portas fechadas pelo menos, até dia 30 de abril.

"Tudo o que decorre das indicações quer sobre a autópsia quer sobre os indícios que apontam para a realização de atos violentos não conformes com esta possível descrição de causas num quadro natural é absolutamente inaceitável", admitiu.

O ministro sublinhou ainda que os bastões extensíveis, que poderão ter sido usados pelos inspetores, não integram o equipamento do SEF e o seu é uso é "totalmente ilegal".

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