A Autoridade Naconal do Medicamento (Infarmed) alertou, esta quarta-feira, para a existência de embalagens falsificadas de cloroquina, um medicamento validado para a malária e que tem sido usado em doentes de covid-19.
Segundo uma nota do Infarmed, o Working Group of Enforcement Officers (WGEO) divulgou um alerta referente ao produto Chloroquine phosphate, 250 mg, tablet, com número de lote ilegível e prazo de validade 11/2022, fabricado por Brown & Burk Pharmaceuticals Limited, sito em ‘Belgique – Bruxel’.
A autoridade alerta que o “mencionado fabricante não está autorizado pelas autoridades europeias (o único fabricante europeu com o nome Brown & Burk UK, Ltd. está localizado no Reino Unido e não na Bélgica) e a rotulagem apresenta um erro de ortografia (a palavra ‘Bruxel’ em vez de ‘Bruxelles’”. Desta forma, este produto foi “classificado como falsificado”.
Face ao exposto, o Infarmed refere que as entidades não podem comercializar o referido produto e pede que aquelas que o tenham adquirido e/ou tenham sido contactadas para o adquirir, procedam de imediato à sua segregação e o comuniquem ao Infarmed através do e-mail dil-ins@infarmed.pt.
Segundo os critérios de abordagem terapêutica definidos pela Direção-Geral da Saúde (DGS), numa norma publicada no final do passado mês de março, os doentes internados em enfermarias que apresentem insuficiência respiratória ou evidência radiológica de pneumonia podem ser tratados com hidroxicloroquina ou cloroquina durante pelo menos sete dias.
Na nota publicada, o Infarmed relembra "a necessidade de medidas de cautela adicionais nesta fase de pandemia".