O ministro das Finanças garantiu que as ajudas financeiras que o Estado vai dar às empresas e às famílias podem chegar aos 20 mil milhões de euros em 2020, o que corresponde a 10% do PIB anual de 2019. Ainda assim, Mário Centeno afastou a necessidade de avançar já com um Orçamento Retificado, uma vez que, considera que ainda estamos no início do ano.
Mas na mira estará um orçamento suplementar que deverá ser feito “sem precipitação”. “Se a incerteza é inimiga da economia, a precipitação nas tomadas de decisão também o é porque é inimiga das boas decisões”, declarou.
Neste total deverão contar, por exemplo, as linhas de crédito para as empresas que já têm 13 mil milhões de euros disponíveis com garantias estatais, as quais só serão acionadas (e contabilizadas no saldo orçamental) se forem acionadas, ou seja, se houver incumprimento por parte das empresas.
Centeno apontou também para um esforço adicional de 500 milhões de euros no Sistema Nacional de Saúde (SNS) em 2020, assim como um “custo aproximado” de mil milhões de euros por mês com o layoff, tendo em conta que haverá cerca de 1,5 milhões de trabalhadores neste regime simplificado e 500 milhões de euros para os subsídios de desempregos e outras prestações sociais.