O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou, esta quinta-feira, a morte do escritor chileno Luís Sepúlveda.
“É com particular tristeza que recebemos a notícia da morte de Luis Sepúlveda. Pelo escritor que era, pelas circunstâncias que bem conhecemos, e porque era um amigo de Portugal. Desde ‘O Velho Que Lia Romances de Amor’, de 1989, que Sepúlveda se tornara um dos autores da América do Sul mais lidos da atualidade, como não acontecia desde o chamado ‘boom’ latino-americano”, lê-se na nota partilhada no site da Presidência da República.
Marcelo destaca que Sepúlveda era um “chileno empenhado, militante, apoiante de Salvador Allende, também jornalista, guionista, ecologista e viajante" e que nos deixou, "além dos romances e novelas (livros breves, claros, pícaros, alegóricos), vários testemunhos dos seus combates e do seu pensamento crítico”.
“Amplamente traduzido em Portugal, visita habitual do nosso país, o seu desaparecimento é especialmente sentido pelos portugueses, sentimento a que me associo, apresentando as minhas condolências à sua mulher, a escritora Carmen Yáñez”, remata.
Depois de quase um mês a lutar contra o covid-19, Luís Sepúlveda morreu esta quinta-feira em Gijón, Espanha. O escritor chileno tinha 70 anos e dias antes de ter sido diagnosticado com o novo coronavírus tinha participado no festival literário Correntes d'Escritas, na Póvoa de Varzim.
Luís Sepúlveda estava internado no Hospital Universitário Central das Astúrias, em Oviedo, desde o final do mês de fevereiro.