Albânia reabre centenas de atividades após 40 dias de confinamento

A Albânia, um dos países mais pobre da Europa, permitiu a reabertura de centenas de atividades de forma a reativar a economia.

Governo da Albânia decidiu abrir hotéis e parques de campismo, na esperança de um regresso do turismo interno de praia e montanha, mas sob estritas medidas de distanciamento social.

Prevê-se ainda que o cancelamento dos voos em muitos países vizinhos implique o aumento das chegadas por via rodoviária.

Os centros educativos, transportes públicos, bares e restaurantes permanecem encerrados, mas segundo a lista divulgada pelo ministério da Saúde, as indústrias petrolíferas, mineira, têxteis e de produção de materiais de construção podem iniciar a partir de hoje a sua atividade.

Regressam ainda à atividade as agências imobiliárias, escritórios de notários, negócios de venda de eletrodomésticos, venda de jornais, de produtos cosméticos, floristas, e ainda o setor das pescas e diversos mercados, entre outros.

A Albânia conseguiu manter sob controlo a curva das infeções de coronavírus, confirmando oficialmente 584 contágios e 26 mortes.

Esta abertura gradual da economia será acompanhada de duras medidas administrativas e penais, aprovadas pelo parlamento na quinta-feira, que preveem até oito anos de prisão para os casos de incumprimento da quarentena que signifiquem graves consequências para a saúde pública.

Os empregados poderão deslocar-se de carro para o local de trabalho mediante autorização prévia, enquanto permanece a norma que apenas permite a um membro da família efetuar compras diárias de alimentos durante 90 minutos, entre as 5h e as 17h30.

Os reformados, totalmente confinados em suas casas, puderam sair à rua entre as 5h e as 11h de sábado, enquanto as mães com crianças também o fizeram domingo, no mesmo período horário.

A Albânia decidiu ainda enviar um grupo de 60 enfermeiros para Itália num gesto solidário com o país vizinho, um dos mais atingidos pela pandemia, e que se juntam aos 30 médicos e enfermeiros albaneses que desde 28 de março já estão colocados nos hospitais italianos que combatem o novo coronavírus.