Multiplicam-se as teorias islamofóbicas da “coronajihad” na Índia

Depois de uma congregação islâmica ser relacionada com um foco de infeção, multiplicam-se os ataques a muçulmanos. O próprio Governo indiano é acusado de incentivar à descriminação.

Há muito que os mais de 200 milhões de muçulmanos indianos se queixam de discriminação. Contudo, a pandemia deu novo fôlego à islamofobia, que o Governo é acusado de incentivar.

Com mais de 17 mil casos registados de covid-19 na Índia e quase 600 mortos, os muçulmanos são apontados como culpados: nas redes sociais popularizou-se o termo coronajihad, uma suposta conspiração para infetar hindus, segundo a Al Jazira. Já há relatos de muçulmanos acossados e de agressões.

A fagulha foi um encontro islâmico em Nova Deli, em março, quando o Governo ainda menosprezava a pandemia, que foi ligado a um foco de infeções. Desde então, o Governo indiano colocou uma coluna nos números diários só para casos relacionados com este foco.