A PRO.VAR (PROmover & inoVAR), associação nacional do setor da restauração, apresentou um “plano de salvação” para o setor da restauração num cenário pós-estado de emergência.
O documento foca-se no “momento de reabertura dos espaços de restauração em Portugal” e pretende mitigar os efeitos provocados pela pandemia de covid-19, garantindo, ao mesmo tempo, a segurança de trabalhadores e clientes.
Entre as medidas apresentadas pela PRO.VAR, a associação considera “necessário que o layoff perdure algum tempo após a abertura [dos restaurantes] de modo a permitir a recuperação gradual da faturação” – uma possibilidade já admitida pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. “Será preferível ter um custo associado ao layoff do que um subsídio de desemprego”, refere a associação, que também defende o alargamento da medida de “layoff simplificado para os gerentes e sócios gerentes, com trabalhadores a seu cargo e que faturam mais de 60 mil euros”.
Outra das medidas consideradas “mais importantes e urgentes” é encontrar “um plano de isenção e ou apoio às rendas, através de incentivos dados aos senhorios na sua redução, através de isenções de IMI e outros impostos no tempo e nas percentagens de acordo com o que ficar acordado”. A PRO.VAR defende que “um estímulo deverá ser criado a todos os que apliquem uma redução de pelo menos 1/3 do valor total da renda”.
Restaurantes pela metade. Temperatura medida à entrada
A associação apela ao Governo que sejam estudadas medidas que permita o regresso do setor à atividade, pedindo, contudo, que as aberturas dos espaços de restauração “sejam acompanhadas de medidas severas”, através de um “rigoroso e exigente plano de contingência” e que “sejam acompanhadas” pela ASAE. A PRO.VAR propõe, numa primeira fase, a “redução da limitação máxima de cada espaço de restauração para metade” e, de acordo com o evoluir da situação, um aumento gradual da lotação e o “alargamento do período do almoço e jantar, ficando os espaços de restauração obrigados à marcação prévia de mesa”, impedindo aglomerados de clientes e permitindo um para as refeições dos trabalhadores.
A associação vai ainda mais longe e defende “o uso obrigatório de máscaras e ou viseira por parte dos trabalhadores” e a “obrigatoriedade” da leitura da temperatura e desinfeção das mãos por parte dos clientes, à entrada do estabelecimento.