A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional anunciou que irão ocorrer celebraçõs do 1º de Maio, na Alameda Dom Afonso Henriques, Porto e outras cidades, "garantindo a proteção da saúde e o distanciamento sanitário de todos quantos participaração". Por outro lado, as manifestações, concentrações e desfiles, devido à situação atual no país, provocada pela covid-19, foram canceladas.
"São os trabalhadores que estão na linha da frente deste combate, assegurando os serviços de saúde e todos os serviços públicos e sociais, a produção de bens e serviços essenciais entre outras funções. Mas são também os trabalhadores os mais afectados por respostas políticas desequilibradas e por medidas que não garantem o emprego, os salários e os direitos", pode ler-se num comunicado enviado às redações. Por isso, "é necessário, neste 1º de Maio, dar voz à indignação e às reivindicações, trazendo à rua a denúncia dos abusos e atropelos a que os trabalhadores estão a ser sujeitos, afirmando com toda a força os direitos e as conquistas de Abril!", sublinham.
Além disso, a CGTP-IN apela a que reformados e crianças não participem nas celebrações e afirma que a participação nas celebrações será "limitada". "Aqueles que estarão na rua representarão todos os trabalhadores, num 1º de Maio que não é uma simples comemoração, é uma acção em que faremos ouvir a voz dos trabalhadores, da denúncia do desemprego, dos cortes dos salários, da incerteza no dia de amanhã, da destruição da vida de tantos trabalhadores e da exigência de tomada de medidas", afirmam
Para os que devem celebrar a data em casa, a CGTP-IN irá disponibilizar durante todo dia, na página e redes sociais "um vasto conjunto de iniciativas, animação e vídeos que reflectirão a realidade vivida pelos trabalhadores nos locais de trabalho, empresas e serviços, mas também as reivindicações dos reformados e pensionistas"
"No ano em que se comemoram os 50 anos da CGTP-IN e os 130 anos do 1º de Maio, quando são atacados os direitos sociais, laborais e sindicais e se impõe a luta pela sua defesa, por melhores condições de trabalho e de vida, os trabalhadores contam com a , como sempre contaram", concluem na nota.