Uma fonte oficial do município de Alenquer disse à agência Lusa que o Pavilhão Municipal de Alenquer tem disponíveis 65 camas e 35 no pavilhão da Sociedade Filarmónica de Abrigada.
Os dois pavilhões, transformados em espaços de acolhimento de suspeitos ou de doentes infetados pelo novo coronavírus, vão substituir a Base Área da Ota, cuja resposta de meio milhar de camas foi integrada de início no Plano Municipal de Emergência de Alenquer.
Contudo, sendo uma unidade militar tutelada pelo Ministério da Defesa, passou esta semana a integrar o Plano Nacional de Emergência.
Esta semana, recebeu 169 migrantes e requerentes de asilo, que estavam alojados num 'hostel' em Lisboa, dos quais 136 testaram positivo ao novo coronavírus e 26 negativo.
"A decisão de transferir estes cidadãos estrangeiros foi comunicada ao município no início da tarde de segunda-feira, pela Secretaria de Estado para a Integração e as Migrações, tendo sido informado o município de que foram acauteladas todas as medidas de segurança previstas para estes casos", informa a autarquia em nota de imprensa.
O município esclareceu que, por se encontrar "numa zona isolada e densamente arborizada, o Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea Portuguesa "possui todas as condições para receber doentes covid-19".
Além disso, permite "manter estas pessoas isoladas, sem que isso obrigue à paragem da sua atividade, e garantir a segurança quer dos elementos civis, quer de todos os militares que ali trabalham", estando os respetivos alunos em regime de ensino ministrado à distância.
A autarquia tranquilizou a população esclarecendo que a segurança "dentro da unidade militar está a ser assegurada pela Polícia Aérea, Polícia Militar e Polícia da Marinha e, fora das instalações, por militares da GNR".
Alenquer regista 17 casos de infeção confirmados, dos quais 12 estão ativos e cinco estão recuperados, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo município.