De acordo com o balanço diário das autoridades de saúde portuguesas, registam-se 22.797 casos de covid-19 no país, o que representa mais 444 casos do que no dia de ontem, um aumento de 2%.
Verificam-se 1068 casos em internamento, dos quais 188 se encontram em Unidades de Cuidados Intensivos, menos 16 do que os registados no boletim anterior. Dos pacientes infetados, 86.2% estão em tratamento domiciliar. Existem ainda 1228 casos recuperação, mais 27 casos do que ontem.
Registam-se 854 óbitos no país. A taxa de letalidade global é de 3,7% e de 13,5% em pessoas acom mais de 70 anos.
Desde o dia 1 de março, realizaram-se cerca de 317 mil testes à covid-19. Até à data, o dia onde ocorreram mais testes foi na ultima terça-feira – foram processadas 14.769 amostras, das quais 7.6% tiveram resultado positivo. "O aumento de testagem não se tem refletido num aumento proporcional num aumento de casos positivos, o que é um bom indicador", afirma António Sales.
Desde o dia 1 de abril, foram feitos, em média, 10.729 testes por dia no país. Estão a ser realizados cerca de 31 mil testes por milhão de habitantes, o que de acordo com o secretário geral da Saúde é um número "significativo". "Portugal é dos países que está a realizar mais testes por milhão de habitantes", sublinha António Sales.
António Sales mencionou vários grupos que estão mais vulneráveis e que apresentam mais dificuldades em manter o distanciamento social e evitar a propagação da covid-19, como os sem-abrigo, migrantes e pessoas com comportamentos aditivos e dependencias.
O SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências tem assegurado respostas a estes grupos mais sensíveis e garantir a sua segurança e apoiar no alojamento e na habitação com a ajuda das autarquias. Estão a ser elaboradas medidas especifícas para este apoio ser mais facilitado entre o SICAD e a DGS, anuncia ainda António Sales.
A Linha VIDA SOS Droga 1414 voltou a ser ativdada. "Está disponível para ajudar pessoas com problemas de dependências, as suas famílias e profissionais de saúde", anunciou António Sales, secretário de Estado da Saúde.Segundo o director-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Adictivos e nas Dependência (Sicad), João Goulão, a procura "ainda é baixa".
Graça Freitas afirma que a curva epidémica portuguesa permitiu ao SNS conseguir dar a melhor resposta aos cidadãos que precisam de apoio mas sublinha que apesar de ser uma curva "controlada" ainda continuam a aparecer novos casos diariamente.
"Quando retomarmos as nossas atividades e a nossa vida temos de o fazer de forma diferente. Temos de manter muitas regras. Temos que continuar a viver dentro dos nossos pequenos núcleos familiares e pequenos grupos de amigos. Temos de reforçar a nossa higiene pessoal", apela a diretora-geral da Saúde."Senão continuarmos a faze-lo, a nossa curva vai subir, porque o vírus continua a circular" sublinha Graça Freitas.
Questionada sobre se é seguro dar leite materno a um recém nascido, Graça Freitas afirma que a "transmissão da doença através do leite materno não está confirmada" mas sublinha que a "matéria está a ser testada em todo o mundo".
Sobre os testes sorológicas, Graça Freitas afirma que "não se sabe ainda se as pessoas já ganharam anticorpos" e não se sabe se são suficientes para dar proteção e se será uma proteção duradoura. A diretora-geral da Saúde afirma "que é necessário "precaução" na interpretação dos testes. Graça Freitas aponta ainda que a utilização de plasma humano de pessoas que recuperaram em doentes infetados, um tratamento utilizado noutros países que obteve resultados positivos, ainda está a ser estudado.