Desde o dia 1 de março, foram realizados cerca de 357 mil testes de diagnóstico. Do total de testes, 78% foram realizados em abril. O norte e o centro do país são as regiões onde se realizaram mais testes. Na semana passada, foram realizados, em média, 12 mil testes diários.
200 imigrantes que se encontram em hostéis, na região de Lisboa foram submetidos a testes à covid-19. 33 dos resultados conhecidos este sábado foram negativos e os restantes resultados ainda não são conhecidos. De acordo com António Sales se houver condições para as pessoas permanecerem nos hosteis, mesmo as que estiverem infetadas com covid-19, devem manter-se em isolamento nestes locais. "Só em condições de sobrelatação é que devem ser procuradas outras soluções", aponta o secretário geral da Saúde.
É previsto que esta semana cheguem ao país 7.900.000 máscaras cirurgicas, 4 milhões de respiradores FFP2 e FFP3, provenientes do mercado externo. O mercado interno também tem trabalhado no reforço do SNS e é esperado que esta semana sejam entregues luvas, batas, toucas e máscaras para apoiar os profissionais de saúde que se encontram na linha da frente de combate à covid-19.
Questionada sobre quais as regras previstas para o regresso às aulas por parte de alunos dos 11.º e 12.º anos, Graça Freitas afirma que estão ser estudas situações especifícas como a de docentes e discentes mais vulneráveis, com situações de patologia de doença de base que justifique o não regresso aos estabelecimentos de ensino.
Questionado sobre ser muito cedo para levantar medidas em Portugal, devido o número médio de pessoas infetadas por cada doente ser de 1,04% e o aconselhado por muitos especialistas ser de 0,7%, e se o SNS está preparado para um possível aumento do número de casos, António Sales afirma que o SNS "está em constante adaptação" e "em adequação para esse processo". António Sales aponta ainda que o SNS está a preparar-se "em pista dupla" para conseguir voltar a dar uma maior resposta aos doentes não covid.
Em relação aos doentes que ficam em tratamento no domicílio, Graça Freitas, afirma que quem apresenta uma "sintomatologia muito ligeira", faz apenas um teste, com base nos últimos artigos científicos. "Não tem nada a ver com a disponibilidade de testes", salienta a diretora-geral da Saúde.
"Muitos paises, europeus, desenvolvidos, nem sequer estão a fazer nenhum teste a quem ficou em ambulatório para considerar que está recuperado, apenas que os sintomas desapareçam", disse Graça Freitas. "Estamos alinhados com o que é a ciência".