De acordo com o balanço das autoridades de saúde, existem 27.268 casos de covid-19 confirmados em Portugal, mais 553 novos casos, o que representa um crescimento de 2,1%. Dos casos confirmados, 842 estão em internamento, dos quais 127 estão em cuidados intensivos – menos 8 que ontem. 83,9% dos casos estão em tratamento domiciliar.
Registam-se ainda 2.422 casos de recuperação, mais 164 casos do que os registados no boletim anterior. Foram confirmadas mais 9 vítimas mortais relacionadas com o novo coronavírus, elavando assim o número de óbitos para 1.114. A taxa de letalidade global é de 4.1% e em pessoas com mais de 70 anos é de 15%.
Já foram realizados mais de meio milhão de testes de despiste à covid-19 no país, aponta António Sales. Em abril foram realizados, em média, 11.500 testes por dia. Entre os dias 1 a 6 de maio, esta média teve um aumento – foram realizados 12.400 testes por dia.
As populações mais vulneráveis "são uma das maiores preocupações do Governo e das autoridades de saúde", aponta o secretário-geral da Saúde. Foi publicada uma nota no site da DGS por parte das autoridades de saúde sobre orientações técnicas, cuidados e medidas a serem seguidas por parte dos migrantes e refugiados e por pessoas que lidam com este grupo de pessoas, que muitas vezes vivem em locais coletivos. "Ninguém deve ficar sem acesso ao SNS e a outros direitos de assistencia", sublinha António Sales.
Questionado sobre o que acha sobre as medidas aplicadas na AR para conter a propagação da covid-19, onde os deputados retiram a máscara para falar e muitas vezes colocam-na em cima das bancadas, como se pode ver no debate quinzenal, esta quinta-feira, António Sales diz que são decisões do Parlamento e que não comenta "decisões de orgãos de soberania" mas sublinha que "estamos todos a aprender" e dá o seu exemplo pessoal: "Muitas vezes tenho que ajudar colegas e amigos e ensiná-los a ter uma boa utilização da máscara"
Questionada sobre como vai ser feito o controlo das pessoas que vão a restaurantes, visto uma das normas ser as pessoas que devem ficar na mesma mesa devem ser pessoas que coabitam, Graça Freitas afirma que a reabertura dos restaurantes não responsabliza apenas os colaboradores mas também os utentes. "Nesta epidemia, as respostas devem ser coletivas", afirma a diretora-geral da Saúde.
"Temos de ter confiança na auto-responsabilização dos portugueses. nao se pode relaxar as medidas. Sabemos que onde há relaxamento nas medidas de distancia física, surgem focos da doença. a doença não desapareceu. apenas uma percentagem mínima da população foi atingida pelo vírus e terá imunidade. portanto, os restantes estão suscetivéis a serem infetados", afirma Graça Freitas. "Senão aprendermos a ter uma nova forma de estar vamos pôr em causa tudo aquilo que já conseguimos fazer", sublinha.
Sobre o aumento diário do número de casos ser uma reflexão das medidas de desconfinamento, Graça Freitas diz que "pode ser um bocadinho cedo" e aponta que "muitos dos casos referem-se em rastreios populacionais especifícos e relativamente jovens", o que é uma "boa notícia", visto na sua grande maioria os jovens terem sintomas mais ligeiros da covid-19. E aponta o surto que está a decorrer na Azambuja que contribui muito para o aumento do número de casos.
Graça Freitas afirma ainda que todos os procedimentos para garantir as vacinas da gripe no país estão a ser feitos e sublinha que vai haver um incremento do número de doses no SNS.
Sobre a retoma das consultas e atividade presencial nos hospitais, António Sales diz que "ainda é cedo para fazermos um levantamento e dar dados concretos, visto o despacho ter sido assinado dia 2", afirma António Sales. No entanto diz que "está a recorrer a um "bom ritmo" e que estão a ser salvaguardadas todas as medidas de segurança.
Esta quinta-feira, foram recebeidas 6.742 chamadas na SNS24, das quais foram atendidas 5.4432. O tempo médio de espera é de 44 segundos. Na linha de apoio psicológico, foram recebidas 232 chamadas, das quais 19 foram realizadas por profisisonais de saúde.
"O virus continua a circular na comunidade", volta a alertar a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, quando questionada sobre o aumento de casos em Lisboa e Vale do Tejo e aponta para o grande número de testes diários."Estão a fazer uma média de 4 mil testes por dia", muitos assintomáticos e que vão evoluir "provavelmente bem". "Outro factor que pode estar a aumentar os números é o surto da Azambuja", volta a referir a diretora-geral da saúde. "Há 104 trabalhadores com teste positivo, sendo que 101 pertencem à mesma empresa e nessa empresa já foram todos testados". A situação está a ser investigada, garante Graça Freitas.
"Em breve, vamos divulgar informação dos doentes que estavam em ambulatório, em casa, e que ficaram recuperados" da doença, através da plataforma trace covid, disse a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.