O pai e a madrasta de Valetina, a menina de nove anos encontrada morta três dias depois de ter sido dada como desaparecida em Peniche, ficaram em prisão preventiva.
A medida de coação foi anunciada depois de os suspeitos terem sido ouvidos durante o dia de ontem, terça-feira, e na manhã desta quarta-feira no Tribunal de Leiria.
"Decide-se sujeitar a prisão preventiva os arguidos Sandro e Márcia", começou por revelar a oficial de Justiça. A arguida Márcia Monteiro está fortemente indiciada "de um crime de homicídio qualificado por omissão e sob dolo eventual". O arguido Sandro Bernardo "realizou como autor um crime de homicídio qualificado". Ambos os arguidos, "também em coautoria", são suspeitos de "um crime de profanação de cadáver". Sandro Bernardo é ainda suspeito de "um crime de violência doméstica".
Recorde-se que o corpo da menina foi escondido numa zona de mato na Serra d’El-Rei, a cerca de seis quilómetros da casa onde o pai e a madrasta viviam. Os resultados preliminares da autópsia apontam para que Valentina tenha tido uma morte violenta.
Segundo a PJ, a criança “morreu na habitação, na quarta-feira, num contexto de violência, durante o dia” e o corpo foi “levado ao final desse dia para aquele local”.
A criança mais velha a estar na casa, filho da madrasta de Valentina, terá sido testemunha do processo e contado às autoridades que viu a menina a ir para a casa de banho tanto com o pai como com a madrasta e que não voltou a sair.