A SAD do Sporting solicitou esta segunda-feira o prolongamento por mais 30 dias do layoff que afetava 95% dos funcionários desde abril, em consequência da suspensão das atividades desportivas devido à pandemia de covid-19, com o objetivo de reduzir os custos com o pessoal em 40%.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Sporting justifica a decisão devido à “manutenção da pandemia de covid-19” e à “incerteza quanto à sua evolução”, bem como “das medidas restritivas associadas à crise sanitária”, não obstante o gradual levantamento do confinamento, uma vez que o clube leonino mantém a suspensão parcial da atividade.
A SAD do Sporting decidiu prorrogar o recurso à medida de layoff simplificado e requerer à Segurança Social a manutenção do “apoio extraordinário à manutenção de contrato de trabalho em empresa em situação de crise empresarial”.
O clube adotou medidas de suspensão temporária da prestação de trabalho e de redução do período normal de trabalho, bem como medidas de redução dos contratos com prestadores de serviços, abrangendo cerca de 84% do universo dos trabalhadores.
“Estas medidas entraram em vigor no dia 16 de maio, por um período de 30 dias, o qual poderá ser prorrogado nos termos do citado regime legal”, refere o comunicado da SAD leonina à CMVM.
As referidas medidas têm por objetivo “reduzir os custos fixos da Sporting SAD e juntam-se a outras já adotadas, como, a redução salarial dos membros do Conselho de Administração em 50%, a redução salarial dos jogadores e da equipa técnica do futebol profissional em 40%".
As medidas incluem ainda "a redução de custos operacionais (FSE), o corte de despesas acessórias, a suspensão ou adiamento de investimentos não críticos e, outras, entretanto adotadas, como a redução salarial dos jogadores da equipa de sub-23 e das jogadoras de futebol feminino em 30%”, refere a nota.
“A Sporting SAD estima, com base na informação disponível à data de hoje, que a implementação de tais medidas excecionais e temporárias tenha como impacto uma redução da rubrica de custos com pessoal correspondente a cerca de 40%”, adianta o comunicado.
O Sporting refere ainda que “continuará a acompanhar diariamente a evolução da pandemia, avaliando e adotando, a cada momento, medidas diversas destinadas a promover a continuidade dos seus negócios na medida possível neste contexto e a sustentabilidade da Sociedade, procurando mitigar os impactos da atual crise”.
O recurso ao layoff do clube ‘verde e branco’ seguiu-se ao acordo com os futebolistas para uma redução salarial de 40% nos meses de abril, maio e junho e ao “corte” para metade dos vencimentos dos administradores da SAD leonina, também durante estes três meses.