Segundo o balanço diário das autoridades da saúde, foram confirmados 29.432 casos de covid-19 no país, desde o início da pandemia, mais 223 casos do que ontem. Até à data, 1.247 pessoas morreram infetadas com o novo coronavírus.
629 pessoas estão interadas, das quais 101 em Unidades de Cuidados Intesivos, menos quatro do que ontem. 78.1% dos pacientes infetados estão em tratamento domiciliar. A taxa de letalidade global é de 4.2% e em pessoas com mais de 70 anos é de 15.9%. Por outro lado, 6.431 venceram a doença e encontram-se recuperadas.
Desde o dia 1 de março, foram realizados cerca de 670 mil testes diagnóstico à covid-19. O dia em que foram realizados mais testes desde o início da pandemia foi no dia 15 de maio, onde foram processadas cerca de 19.900 amostras. Entre 1 e 17 de maio foram realizados, em média, 13.800 testes diários. António Sales volta a frisar que Portugal é um dos países que realiza mais testes da União Europeia.
Desde o dia 9 de março, foram transferidos 3.843 doentes dos hospitais do SNS para a rede nacional de cuidados continuados integrados. O secretário de Estado salienta ainda que já foram encontradas 370 respostas sociais, permitindo assim libertar camas nos hospitais. Mais de 8.600 profissionais das unidades de cuidados continuados já foram testados, o que representa mais de 56% do total dos profissionais. Desde o início da pandemia, foram confirmados 62 casos.
Graça Freitas voltou a sublinhar algumas das normas da DGS, partilhadas esta terça-feira, para as maternidades para evitar a propagação da covid-19 e garantir a segurança do recém-nascido e das grávidas. "Os recém-nascidos continuam a nascer bem nas nossas maternidades. Filhos de mães que testem positivo para covid-19 podem ser amamentados", afirma a diretora-geral da Saúde. Graça Freitas apelou ainda aos pais que levem os bebés aos centros de saúde nos primeiros dias de vida e façam o teste do pézinho, para evitar que o bebé seja exposto a várias doenças e que não evitem a vacinação.
Graça Freitas confirmou, esta terça-feira, que existem dois médicos no serviço de pneumologia, do Hospital de Santa Maria, infetados com o novo coronavírus. "Temos conhecimento de dois casos de infeção de médicos no serviço de pneumologia do Hospital de Santa Maria. E como as regras ditam, quer os profissionais de saúde como utentes foram testados. A situação está controlada, vigiada e acompanhada. O Hospital está a acompanhar devidamente e quer os que deram positivo como os que aguardam resultado dos testes estão bem neste momento"
Relativamente à política sobre os testes da covid-19 aos profissionais de saúde, Graça Freitas afirma que os profissionais que estiveram expostos a um alto risco de exposição ficam em quarentena, "apesar de fazerem ou não teste". Em casos de baixa exposição, podem continuar a sua atividade. A diretora-geral da Saúde diz ainda que as regras estipuladas estão a ser revistas e que vai continuar a ser revista conssoante a evolução epidemiológica.
Questionado sobre os casos de covid-19 que foram confirmados esta terça-feira nas prisões, António Sales afirma que a Direção Geral de Reinserção e Serviços Posicionais tem um plano para lidar com o covid-19. "O facto de dois reclusos que vieram de precárias terem sido testados é uma prova de que o sistema está a funcionar bem", disse. Estes dois reclusos infetados estão a ser acompanhados no Hospital São João de Deus.
Em relação às visitas às prisões, o secretário geral da Saúde espera que estas sejam restabelecidas em junho. Sobre se todos os guardas prisionais serão todos testados até essa data, António Sales afirma que 1.200 funcionários dos estabelecimentos prisionais, mesmo dos serviços administrativos, já realizaram testes de despiste à covid-19 até hoje.
Em relação ao futebol, António Sales diz que "tem havido um trabalho muito bom e muito próximo entre a FPF,a Liga e os clubes". Foi pedida uma memória descritiva dos diferentes estádios, que já chegou à DGS, segundo o secretário geral, e hoje haverá vistoria aos mesmos.
Questionada sobre os efeitos do calor no vírus, Graça Freitas diz que "teremos de esperar" para perceber os efeitos do verão na covid-19. "Há outros vírus que têm um comportamento sazonal. Não sabemos se haverá abrandamento acentuado nos meses de verão. Temos de estar muito atentos", afirma a diretora-geral da Saúde, e salienta que existem vários países com temperaturas elevadas tem tido surtos em épocas quentes.
Sobre a segurança no material de proteção que está a ser distribuido pela população, como por exemplo, nas escolas, António Sales afirma que nenhum material de proteção será distribuído sem ser analisado. "Não haverá nenhuma distribuição de máscaras sem que haja uma análise de toda a documentação por parte de Infarmed e ASAE e sem que estejam reunidas todas as condições de segurança" O secretário-geral da Saúde afirma ainda que "estão cerca de 500 ventiladores na embaixada de Portugal na China", mas que só devem chegar na próxima semana, por falta de voos.
Graça Freitas afirma que as visitas a doentes internados não estão a ser realizadas ainda, no entanto os doentes em situações terminais, podem receber visitas dos familiares mais próximos. A diretora-geral da Saúde afirma que quem puder dirigir-se às unidades hospitalares e centros de saúde deve fazê-lo. "Quanto menos contacto, menos riscos". No entanto, Graça Freitas sublinha que quem não conseguir, pela sua situação de debilidade ou de saúde, pode levar um acompanhante.