A menos de uma semana da 3.ª fase de desconfinamento ter início por todo o país, as câmaras municipais dão continuidade a medidas que tomaram desde o início da pandemia. Por exemplo, a distribuição de máscaras ou a colocação de dispensadores de álcool-gel. Estas medidas custam às autarquias milhares, e em alguns casos, milhões de euros.
Além da distribuição de equipamentos de proteção individuais (EPI), como é o caso das máscaras, que alguns municípios disponibilizam à população gratuitamente, ou a colocação de dispensadores de álcool-gel em serviços municipais e outros locais, há autarquias que têm vindo a realizar esforços para atenuar desigualdades, que, devido à pandemia de covid-19, são cada vez mais notórias.
Disponibilização de material e refeições Apesar de os alunos de 11.º e 12.º terem voltado à escola no início da semana passada, a grande maioria dos estudantes continua em casa a assistir às aulas online. Por todo o país, agrupamentos e respetivos municípios têm vindo a trabalhar em conjunto para que os equipamentos necessários à aprendizagem à distância cheguem aos alunos mais carenciados. Em Loures, por exemplo, foram distribuídos até à data 500 computadores “aos alunos mais carenciados, que não dispõem de meios para acompanhar o ensino à distância”, segundo fonte oficial da autarquia. A mesma fonte acrescenta que foram distribuídas 1000 placas de internet, para que os alunos possam assistir e participar nas aulas.
Mas a ajuda da Câmara comunista não tem acontecido apenas ao nível do ensino. Até à data, o município distribuiu 14 mil refeições “aos alunos do escalão A e B da Ação Social Escolar da rede pública de jardins de infância e do 1.º ciclo, bem como aos filhos de profissionais de serviços essenciais.
Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), Loures não é o único dos 18 municípios que tenta combater estas desigualdades. Também a autarquia do Montijo tem vindo a trabalhar com os respetivos agrupamentos, de forma a dar respostas às famílias mais carenciadas. Ao i, o presidente, Nuno Canta, explica que os escalões não são – como em muitas autarquias do país – o critério para a entrega de refeições; porém, no Montijo, continuam a ser os alunos carenciados, entre outras pessoas sinalizadas, a receber estas ajudas. No total, foram distribuídas, entre 30 de março e 22 de março, 6628 refeições quentes, sem contar os 162 pequenos-almoços e lanches, que começaram a ser distribuídos diariamente a 11 de maio.
Também desde que as atividades letivas foram suspensas, o município da Moita disponibilizou refeições, em conjunto com os agrupamentos de escolas. “Até ao momento, foram entregues mais de 2600 refeições. Além disso, a autarquia apoiou a distribuição de refeições a alunos do 2.º e 3.º ciclos que residiam longe das escolas”, explicou fonte oficial da autarquia, que acrescenta que tem também analisado outras situações “de alteração de escalão no âmbito da ação social escolar devido a situações de desemprego e layoff”.
Também na Amadora este trabalho tem sido desenvolvido. Neste município da Grande Lisboa, 9 dos 12 agrupamentos de escolas disponibilizam refeições quentes desde que as aulas presenciais foram suspensas. Segundo fonte oficial da autarquia, a distribuição não é feita nos 12 agrupamentos devido a questões de proximidade entre os edifícios.