A rede de carteiros e as lojas CTT convocaram uma greve para esta sexta-feira, justificada com a não aceitação da “imposição do cartão-refeição”, que dizem que a empresa está a fazer aos trabalhadores. Os Correios já reagiram à greve e dizem aceitar mas não compreender, uma vez que consideram a medida benéfica para os trabalhadores.
A decisão, explicam os CTT, “surge como uma de dezenas de medidas concebidas para reagir à quebra de proveitos e de defesa da sustentabilidade da empresa”, e acrescentam que esta via significa para os trabalhadores “uma poupança média anual em sede de IRS na ordem dos 100 euros”.
No entanto, a opinião dos sindicatos que convocaram a greve é outra. Defendem que se os trabalhadores quisessem o cartão de refeição, tê-lo-iam pedido.
Já a UGT mostrou-se solidária com os sindicatos. Em comunicado, a estrutura sindical lamenta “que os esforços levados a cabo quer pela UGT, quer pelo Sindetelco não tenham surtido o efeito desejável, ou seja, a obtenção de um consenso”.
A UGT garante que o acordo esteve “muito próximo”. No entanto, “a intransigência da empresa na defesa dos seus pontos de vista não o permitiu, o que certamente inviabilizou uma solução negociada em consenso”.