Adão Silva, deputado do PSD, apontado como sucessor de Rui Rio na liderança da bancada abordou, no debate quinzenal, a escolha de António Costa Silva para elaborar o plano de recuperação económica e social.
“Tem 70 membros no Governo, 19 ministros, 4 ministros do Estado e encomenda este trabalho a um privado….” atirou Adão Silva, apontando a perplexidade com que o PSD recebeu esta decisão sobretudo depois das críticas feitas em 2012 por António Costa, à escolha de António Borges para coordenar um programa económico.
O primeiro-ministro respondeu ao PSD, assegurando que nomeou no passado vários independentes como Boaventura Sousa Santos, sempre que esteve em funções governamentais. O primeiro-ministro justificou a opção por Costa Silva por ir “além da bolha político-mediática” e ouvir pessoas que refletem “fora da caixa”. E rematou: “Respeito muito aqueles que são auto-suficientes. Não é o meu estilo. Enquanto governar, governarei com o meu estilo”.
Adão Silva insistiu na mudança de opinião do primeiro-ministro, mas Costa foi mais duro: “Verifico que estava cansado de estarmos num debate de nível de Estado e voltou para a pequena mesquinhez política”.
O governante acrescentou que não convidou ninguém “para assessorar negócios” e insistiu ainda que todos, do Bloco ao Chega, terão de dar o seu contributo para sair da crise. Isto porque o país “ tem de enfrentar a maior crise económica e social de que há memória”.