O Novo Banco fechou o primeiro trimestre do ano com perdas de 179,1 milhões de euros, o que representa um agravamento de 92,3% face a igual período de 2019. O impacto da pandemia ascendeu a 164 milhões de euros.
De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a “evolução positiva” do banco foi condicionada pela pandemia de covid-19.
Entre janeiro e março, o produto bancário ascendeu a 116,4 milhões de euros, quando no período homólogo estava em 215,4 milhões de euros.
No entanto, o produto bancário comercial contabilizou 207,9 milhões de euros, o que traduz uma variação relativa de 5,5%.
Nos primeiros três meses do ano, o banco registou custos operativos no valor de 115,8 milhões de euros, enquanto no mesmo período de 2019 foram de 120,3 milhões de euros.
Mais de 50 mil moratórias
O Novo Banco concedeu, até terça-feira, no âmbito das medidas de apoio à economia, 56 mil moratórias de créditos, que correspondem a um valor nominal de 6,1 mil milhões de euros, foi hoje comunicado ao mercado.
Até 22 de abril, a instituição financeira tinha concedido 31.155 moratórias, no valor de 4,5 mil milhões de euros, conforme anunciou, na altura, o presidente do banco, António Ramalho, numa audição parlamentar.
De acordo com a informação hoje remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), também até terça-feira, foram concedidos 1,2 mil milhões de euros, no âmbito das linhas de crédito covid-19, protocoladas com o Estado.
Face ao impacto da pandemia, o banco adaptou também a oferta, lançando um pacote temporário de produtos e serviços, onde se inclui a isenção de custos nas transações TPA, nos pagamentos de baixo valor e nos canais digitais, por exemplo, nas transferências interbancárias, MBWay, pagamentos de serviços e ‘cash-advance’.