O cantor Ricky Martin disse, durante uma conversa sobre racismo, que se vê a si próprio com uma “ameaça” e que está assustado com a forma como pode ser visto nos Estados Unidos, país onde reside atualmente.
O artista, de origem porto-riquenha, falou sobre o clima que se vive nos Estados Unidos e nos protestos antirracismo levados a cabo depois da morte de George Floyd, afro-americano asfixiado por um polícia durante uma detenção. Em entrevista ao programa de televisão Suelta la Sopa, Ricky Martin confessou o porquê de se sentir como uma ameaça.
“Sou um homem latino, homossexual, casado com um árabe, a viver nos Estados Unidos. Ou seja, eu sou uma ameaça para estas pessoas”, disse.
"Vivo isto todos os dias, não tão exposto porque vivo isolado, em casa, calmo, vou daqui para o meu trabalho, do trabalho volto para casa. Mas moramos aqui, ouvimos as histórias, sentimos”, disse o músico, de 48 anos, refletindo sobre o racismo de que falam no país.
Recorde-se que Ricky Martin é casado com um pintor de origem síria e nacionalidade sueca. Jwan Yosef, de 36 anos, mantém uma relação com o cantor há mais de cinco anos e são casados. O casal tem quatro filhos.
Sobre a questão de Floyd, em concreto, Ricky deixa uma mensagem: “Senhores, há que falar de amor, é preciso falar sobre amor: não importa quem tu amas, não importa de onde vens, a tua classe social, … cor da pele … Fico enjoado em ter que estar a falar sobre isto sobre isso”, rematou.