Hazel Behan, uma mulher de nacionalidade irlandesa, afirma ter sido violada pelo novo suspeito de ter raptado Madeleine McCan, na Praia da Luz, no Algarve, Christian Brueckner, quando trabalhava como agente turística na Praia da Rocha.
A mulher diz ter-se apercebido que o suspeito pela morte de Maddie era o homem que a tinha violado aos 20 anos, no seu apartamento, quando ouviu falar do ataque a uma idosa britânica."Eu vomitei para ser honesta quando li sobre isto, levou-me de volta à minha própria experiência", conta Hazel Behan ao jornal The Guardian. "Fiquei muito abalada quando li como ele atacou uma mulher em 2005, tanto as táticas como os métodos que ele usava, as ferramentas que tinha, o quão bem ele planeara", explicou a mesma.
Segundo Hazel, a violação ocorreu de madrugada no ano de 2004, no seu apartamento e durou entre "quatro a cinco horas". Behan foi acordada pelo violador, que estava mascarado com um collant e tinha na sua posse uma faca com 12 centímetros para que a jovem se mantivesse calada durante os abusos e agressões. A mulher irlandesa recorda-se de todos os pormenores da situação. Segundo Behan, o homem falava inglês, tinha sotaque alemão, cabelo loiro e olhos azuis. Este arrastou-a para a sala, amarrou-a, tapou-lhe a boca e agrediu-a e abusou da mesma durante horas. Behan admite ter pensado que iria morrer, mas o homem acabou por fugir, depois de a ter tentado sufocar.
A irlandesa pede às autoridades para voltarem a abrir o caso e acusa a investigação de ter sido insuficiente na altura. Apesar de a polícia ter tirado fotografias às feridas da jovem e ter mandado Behan ao hospital para ser examinada, a mulher sabe pouco sobre as conclusões da investigação. "Vivo na esperança de finalmente terminar um capítulo extremamente difícil da minha vida", apelou Hazel Behan.