Opinião: Guerra Morna e Terrorismo millenial: como os bad hombres querem destruir a democracia e a Liberdade

O racismo é condenável e intolerável em sociedades democráticas e tolerantes. Como aquelas em que temos vindo a viver e em que queremos viver no futuro.

Desengane-se, porém, quem julgue que as sociedades democráticas, tolerantes e baseadas no respeito cívico pela diversidade alheia são um dado adquirido do devir histórico: nunca a liberdade esteve tão em risco desde o término da II Guerra Mundial como hoje.

Pior que a Guerra Fria que julgámos vencer no término do século passado, é a guerra morna com que nos confrontamos nos dias que correm. Esta guerra morna é um conflito bélico silencioso, por formas não convencionais, explorando as potencialidades da globalização económica, da sociedade da comunicação e do progresso de crescente diluição do Estado nas sociedades ocidentais.

Porque a globalização económica, não obstante os seus muitos méritos, gerou um efeito paradoxal que condenará o Ocidente no médio-longo prazo: é que se o crescimento de grandes empresas multinacionais, de atores não estatais, nas sociedades ociedentais, resultou na diluição da autoridade do Estado, dos poderes de intervenção públicos, já no espaço geopolítico não-ocidental, o crescimento económico, em função da transferência de valor e capital do Ocidente, produziu o efeito de fortalecimento da autoridade do Estado.

E Estados que alimentam a retórica anti-Ocidente e instrumentalizam agentes privados das nossas sociedades para alimentar o caos, a revolta e a destruição dos pilares institucionais em que assenta a nossa democracia. O fim último é muito simples: a destruição da Liberdade e das nossas liberdades.

Os órfãos da União Soviética – que ainda dominam as redações dos nossos principais órgãos de comunicação social e o establishment de certos partidos políticos e burocracias estatais – produziram os filhos (e netos) adotivos do comunismo chinês e do terrorismo islâmico radical que está entre nós.

Porque – deixemo-nos de falinhas mansas e da “tretocracia” que hoje dominam o espaço comunicacional e o debate político – os regimes narcotraficantes da Venezuela e de Cuba só resistem devido à ajuda do terrorismo islâmico radical, designadamente dos criminosos ayatollahs do Irão e do seu braço-armado, o Hezbollah.

As manifestações terroristas que temos assistido nos EUA com a destruição de estátuas, com a invasão de museus, com ameaças a Professores (os Professores merecem sempre a escrita com maiúscula!), com a destruição de Igrejas, com ataques a Sinagogas, levados a cabo por grupos extremistas – são só mais exemplos de como grupos de tiranos do espaço geopolítico não-ocidental se estão infiltrando nas nossas sociedades com o fito declarado de utilizar os mecanismos das sociedades democráticas ocidentais para destruir as mesmas sociedades democráticas ocidentais. Mais do que a nossa destruição, eles querem a nossa autodestruição.

E tudo isto está sucedendo com a conivência da comunicação social, da esquerda (dita) progressista e de certa direita dos interesses – eles sabem que, no meio de genuínos e reais ativistas do Black Lives Matter (que legitimamente exercem o seu direito constitucional de protesto e indignação, que integra o conteúdo do “free speech right”), há agentes infiltrados do regime corrupto de Maduro, há espiões do regime comunista caduco e brutal de Cuba e há “toupeiras” que colaboram com o Hezbollah.

Isto para além do financiamento iraniano, que está utilizando não só mecanismos ilícitos para fazer chegar dinheiro a estes grupúsculos radicais (da extrema-esquerda e da extrema-direita), mas também mecanismos lícitos de transferência de dinheiro que a Europa criou para contornar as sanções financeiras impostas pelos EUA ao Irão dos Ayatollahs.

 Daí que os líderes políticos europeus se abstenham de denunciar aquilo que eles sabem ser indesmentível: a interferência iraniana desestabilizadora nas nossas sociedades, sobretudo, nos jovens. Eles sabem bem o que andaram (andam?) fazendo…

Aliás, as semelhanças entre o modus operandi do regime iraniano (que e o patriarca de facto hoje dos regimes mais deploráveis) no aliciamento de ativistas ocidentais e o modus operandi do recrutamento do Daesh não deixam de ser espantosamente preocupantes.

Sobre isto, contudo, nunca verá um programa de televisão falando sobre o perigo da interferência dos bad hombres do narco-regime venezuelano de Nicolás Maduro na nossa democracia, com a protecção dos bad hombres de Raúl Castro e seus muchachos, com o dinheiro sujo dos Ayatollahs iranianos.

No fim do dia, para distrair as massas, as televisões e os políticos que vivem nelas e para elas preferem falar sobre os Presidentes democraticamente eleitos pelos respetivos povos, Donald J. Trump e Jair Bolsonaro (com todos os seus defeitos, ao menos, Bolsonaro teve a coragem de considerar o combate à interferência do Hezbollah, do Hamas e dos bad hombres de Maduro, no Brasil, como uma prioridade em termos de segurança nacional) com Passos Coelho – o fétiche de qualquer jornalista português que se preze! – lá pelo meio.

E, sem perceberem (?), os jornalistas prestam-se ao papel de idiotas úteis dos serviços de contra-informação dos regimes mais deploráveis à face da Terra. Hoje, mais do que informação, os media são instrumentos de contra-informação.

E contra-informação ao serviço daqueles que querem minar a nossa democracia e a nossa segurança nacional.

Se a Europa não acordar, o nosso futuro será trágico.

Coisas bem mais relevantes e valiosas que estátuas serão destruídas; não nos deixemos enganar – o ataque às estátuas é apenas uma (pequena) primeira demonstração do que sucederá se nada for feito…